O período de crise, para muitos, é um período de retração. Porém, é exatamente neste momento que é preciso realizar investimentos e trabalhar mais para apresentar um produto de qualidade diferenciado e competitivo. Seguindo esta lógica, os frigoríficos do Alto Uruguai Catarinense, como o Afrib e o Frigolaste de Seara, o Friprando de Jaborá e o Varpi de Concórdia, estão investindo em reformas e ampliações de suas respectivas plantas e em novo maquinário para uma produção sustentável.
O Frigorífico Afrib foi reinaugurado recentemente, após realizar reforma, ampliação e automatizar a linha de abate, embutidos e embalagem. A produção da planta vai aumentar de 300 abates para 500 abates por dia. O Frigolaste também está passando por reformas e ampliação, e assim como o Frigorífico Afrib, está automatizando a linha de abate para reduzir custos e aumentar a produtividade. A previsão é de aumentar em 30% o abate, que hoje é de 350 suínos por dia.
O Friprando recebeu recentemente a aprovação da Cidasc para realizar alterações na planta frigorífica e está encaminhando para começar as obras de ampliação e reforma. Segundo a Gerente do Frigorífico, Cláudia Prando, as alterações serão feitas no sentido de agilizar o abate e automatizar a produção. O armazenamento, escritório, vestiário para os funcionários e abrigo de animais também serão ampliados para melhor atender a demanda.
Cláudia explica que um dos motivos que levou as melhorias é a depreciação que o frigorífico sofreu com o tempo e a necessidade de ter um produto competitivo no mercado. “Vamos modernizar nossa planta, torná-la mais ágil. Precisamos ser competitivos e ter produtos com mais qualidade e mais apresentáveis”, expõe Cláudia.
O Frigorífico Varpi, de Concórdia, por sua vez, ampliou a capacidade de armazenamento de carcaças, o que consequentemente permite aumentar o número de abates. “É uma medida que nos dá melhores condições de trabalho e qualidade para o produto. Também nos permite expandir o número de clientes e as vendas, antes deixávamos de vender pois não tínhamos espaço para armazenar as carcaças”, explica Ricardo Secchi, sócio-proprietário do Varpi.
Sobre o período pelo qual passa a indústria suinícola, Secchi enfatiza: “Dificuldades sempre existem, neste momento temos que achar uma saída. Estamos prospectando clientes e expandindo nossa área de atendimento”.
Busca por mercado
Além das melhorias físicas, estes frigoríficos também estão engajados em abrir novos mercados para seus produtos. Para isso, todos estão envolvidos em pleitos para agregar valor aos produtos e aumentar a área de atuação. Junto ao Instituto Nacional da Carne Suína, os frigoríficos buscam a inspeção federal, o selo de indicação geográfica para a carne suína do Meio-Oeste Catarinense e o selo de certificação da carne suína. Todos já realizaram consultoria com o Sebrae ou Senai para qualificar as plantas e a produção.