Redação (03/04/2009) – O presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta quarta-feira (2) que um aporte adicional do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para capitalizar a empresa não está em negociação neste momento. "O BNDES é o maior parceiro da Sadia. Dos R$ 4 bilhões que foram investidos nos últimos três anos pela empresa, a necessidade de financiamento por parte do banco de fomento ocorreu. Mas um aporte adicional do banco não está sendo discutido neste momento", disse.
No mercado, especula-se sobre a possibilidade de o BNDES participar de uma eventual associação entre Sadia e Perdigão por meio de um financiamento para a segunda empresa. Essa possibilidade não foi comentada por Furlan. O executivo, que participa de um encontro do Grupo de Líderes Empresariais, em São Paulo, reafirmou que as instituições financeiras contratadas por Sadia e Perdigão para negociar a possibilidade de fusão "têm conversado" e que ainda não há nenhuma novidade. Questionado sobre outras alternativas para capitalização da empresa, Furlan respondeu que "há interessados em compartilhar soluções na hipótese de que as negociações não prosperem".
Além da fusão com Perdigão, a Sadia também estuda a venda de ativos não operacionais, como o banco e a corretora Concórdia, e de alguns ativos operacionais, como a fábrica da Rússia e a unidade de bovinos localizada em Várzea Grande (MT). Furlan comentou que há interessados na unidade localizada no leste europeu e que, no momento em que algo concreto for fechado, será comunicado ao mercado. Furlan voltou a afirmar que espera que a companhia conclua as negociações que resultarão na capitalização da empresa até junho.