O acordo entre a Sadia e Perdigão pode ser revertido se a criação da nova empresa de alimentos, a Brasil Foods, não for aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A informação é do presidente do conselho, Arthur Badin. Ele esteve reunido na ultima sexta, dia 22, com os dois presidentes da nova companhia, Luis Fernando Furlan e Nildemar Secches. Segundo Badin, os executivos se comprometeram a respeitar todas as decisões dos mecanismos de defesa da concorrência no Brasil.
Os negócios de Sadia e Perdigão devem permanecer separados durante o julgamento. De acordo com o Cade, não há a necessidade de congelar a operação. A diretoria do conselho informou que o julgamento sobre a criação da Brasil Foods vai levar mais tempo do que a média atual deste tipo de análise.
Os executivos das duas empresas estão proibidos de prestar qualquer informação que possa influenciar as ações de companhias abertas, por tempo determinado.
O presidente da Sadia, Luis Fernando Furlan, disse apenas que as equipes das duas companhias estão preparando os documentos, que devem ser entregues dentro do prazo que termina no dia 9 de junho.
Segundo o presidente do Cade, o tempo médio de análise dos casos é de 47 dias. Após o encontro com os presidentes da Sadia e Perdigão, Arthur Badin disse que os empresários afirmaram que vão respeitar os consumidores e a decisão do Cade.