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Cooperativas

Fusão no Paraná

Fusão das cooperativas Corol e Cocamar cria segunda maior cooperativa do Estado, com faturamento anual de R$ 2 bilhões.

Em processo de negociação há mais de um mês, a fusão da Corol e da Cocamar vai criar a segunda maior cooperativa do Paraná, com faturamento anual de R$ 2 bilhões. O negócio ainda precisa ser aprovado em assembleia por ambas as cooperativas em junho, mas as diretorias de ambos os lados dão a transação como certa.

Para a Corol Cooperativa Agroindustrial, de Rolândia, a fusão pode marcar o início da recuperação de uma crise financeira que começou no ano passado e fez a cooperativa acumular dívidas de R$ 320 milhões. “O valor ainda é suportável, porque o patrimônio da Corol está estimado em R$ 1 bilhão. Mas a crise mundial fez com que a Corol descapitalizasse um pouco. Por esse motivo, não estamos aproveitando todo o potencial de produção na região”, diz Eliseu de Paula, presidente da Corol.

No ano passado, o faturamento da Corol foi de R$ 600 milhões e o da Cocamar, de R$ 1,4 bilhão. “Creio que com a fusão, em cerca de três anos, o faturamento total pode chegar a R$ 3 bilhões, já que existem muitos produtores que podem ainda ser conquistados na região de atuação da Corol”, estima Luiz Lourenço, presidente da Cocamar, de Maringá. Se houver a fusão, a nova cooperativa será a segunda maior do estado, atrás da Coamo, e estará entre as cinco maiores do Brasil, atendendo, diretamente, a cerca de 120 municípios das regiões Norte e Noroeste do Paraná.

Segundo Lourenço, os conselhos administrativos e fiscais das cooperativas já teriam aprovado a transação. “A tendência de ser confirmada é forte, pois fizemos várias reuniões e muitas pessoas estão abençoando, sinalizando positivamente”, diz de Paula.

Para que o negócio se concretize, é necessário que os quase 15 mil cooperados de Cocamar e Corol autorizem o acordo de união. As empresas agendaram para a próxima semana uma série de reuniões para a apreciação da proposta. “Dessas pré-assembleias, sairão delegados para uma grande assembléia, a ser marcada no dia 11 de junho, em local a ser definido, para aprovação oficial da fusão”, explica de Paula. Ele afirma ter sondado a opinião de produtores associados à Corol e relata que eles seriam favoráveis à fusão.

Lourenço estima que, se aprovado, o negócio pode ser finalizado ainda neste ano. “Trata-se de uma fusão histórica, importante e grandiosa. São duas cooperativas que têm sinergia de agroindústria verticalizada e isso tudo vai convergir para atender as necessidades de todos os cooperados da região. Esse modelo certamente vai desencadear outras prováveis fusões de cooperativas no Paraná e no Brasil. Estamos somando não só capitais, mas principalmente pessoas numa só família”, considera.