Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Cooperativismo

Granja Perazzoli é premiada por maior produtividade do Brasil

Cooperado recebeu Leitão de Ouro, com apoio e incentivo da Copérdia, por produtividade acima de 3000 matrizes

Granja Perazzoli é premiada por maior produtividade do Brasil

Foco e paixão são elementos fundamentais para um projeto dar certo. E estes são os dois ingredientes que levaram a família Perazzoli a subir no palco do Centro de Eventos da ACM, em Florianópolis, para levantar o troféu como Granja com maior produtividade acima de 3000 matrizes em âmbito nacional, recebendo o Leitão de Ouro na categoria.

Releases EmpresasO prêmio, entregue pela Agriness, foi conquistado pelos bons índices de DFA – Desmamados/fêmea/ano, 31,25. Marcos Perazzoli, sócio e responsável pela parte administrativa, revela que com o crescimento da atividade também surgiu à necessidade de adotar uma gestão profissional para o desenvolvimento do negócio. “Tão importante quanto trabalhar é ter controle daquilo que estamos fazendo. Hoje temos uma gestão empresarial do nosso negócio e isso nos auxilia muito a ter resultado, pois, conseguimos mensurar onde estamos deixando de ser produtivos, prova disso, é este prêmio conquistado”, enfatiza.

Onde tudo começou…

A história da família é contada com muito orgulho pelo filho primogênito, Marcos, e começa ainda em 1993. Nesta época, a agricultura era a principal fonte de renda das famílias de Santa Catarina. Com a família Perazzoli não foi diferente. Eles desenvolviam atividades ligadas ao plantio de sementes e cultivavam frutas com carroço. Porém, este cenário representava três grandes desafios. Foi por isso que neste mesmo ano, a família Perazzoli ingressou no negócio suinocultura com 150 suínos em sistema de terminação.

Em 1994 este número subiu para 300 animais. Em 1999 foi quando a atividade passou a ser o foco dos negócios. Em 2002, com os bons resultados já trazidos pela suinocultura a família resolveu ampliar as estruturas para produzir mais animais. Foi aí que se depararam com o primeiro grande desafio, pois, em 2002 o mercado de suínos vivia uma grande crise econômica. Em 2005, a família foi inserida pela empresa a qual eram integrados no modelo de produção Quarto Sítio. O projeto inicial era para 580 matrizes, porém, ainda na construção das instalações esse número subiu para 1100 e pouco tempo depois a granja já abrigava 2400 matrizes. No ano de 2007, a família trabalhava com 2400 matrizes no sistema Quarto Sítio e 780 matrizes em UPL.

Em 2010 a família permanecia com o foco total na suinocultura. Neste ano, a granja já abrigava 4100 matrizes e havia sido divida em três propriedades diferentes dentro do município de Fraiburgo: Linha Barro Preto, Linha 15 e Linha Papuã. Quando tudo parecia estar bem, surgiu uma nova crise na atividade e novamente a família precisou ser eficiente no negócio. A superação aconteceu a partir de muito trabalho e foco em detalhes. Em novembro de 2012 a Granja Perazzoli se associou à Copérdia.

Atualmente, a Granja Perazzoli abriga 4700 matrizes e cultiva milho e soja em uma área de terra de 800 hectares. Com estas atividades, a granja gera 46 empregos diretos.

Cooperativismo

A família Perazzoli se associou à Copérdia no final de 2012. Para eles, atuar com uma cooperativa tem sido muito positivo. “Esta sendo uma experiência muito boa. Temos liberdade para trabalhar. Seguimos as normas e procedimentos e temos uma boa sintonia de trabalho com toda a equipe técnica. Temos um sentimento de segurança. O acesso à assistência é muito simples e sentimos que a Copérdia tem uma preocupação grande com o produtor. Outro diferencial que temos valorizado muito é o retorno das sobras líquidas, política adotada pela Copérdia e de grande valor para seus associados, é uma via de mão dupla onde todos ganham, finaliza Marcos.

Importância da Granja Perazzoli para a Copérdia

A produção da Granja Perazzoli representa 12,5% dos suínos alojados no sistema de terminação da Copérdia. Arlan Lorenzetti, gerente do fomento de Suinocultura da Copérdia, destaca que este dado demonstra a representatividade que a Granja Perazzoli possui para a Copérdia. “Eles se destacam pelo profissionalismo e seriedade com que conduzem a atividade, isso faz com que eles produzam com segurança. Além disso, o volume expressivo de leitões que possuem reduz o número de origens no alojamento e diminui os problemas sanitários. Isso se comprova pelos bons resultados técnicos obtidos pelas granjas que recebem leitões desta granja. Além disso, eles adquirem praticamente 100% da ração da Copérdia de Joaçaba, isso faz com que eles tenham gestão eficiente sobre os insumos que adquirem”, enfatiza Lorenzetti.

O prêmio conquistado pela família também é sinônimo de orgulho para o setor de Suinocultura da Copérdia. “Ficamos muito lisonjeados. Ter uma granja que integra o fomento de suínos reconhecida nacionalmente pelos índices técnicos e pela seriedade com a qual conduzem o trabalho demonstra a eficiência do nosso trabalho também. Nós, enquanto cooperativa temos o compromisso social de manter o produtor produzindo com qualidade, seja ele de grande, média ou pequena escala”, argumenta o gerente de Suinocultura.

 Além do reconhecimento recebido em Florianópolis, a família Perazzoli ainda acumula o prêmio de Melhores da suinocultura Copérdia no programa Mais 1, recebido durante a 13ª edição do Tecnoeste.

Relação com o mercado

A Copérdia é atualmente a cooperativa que entrega o maior número de suínos para o sistema Aurora Alimentos. Para se manter no topo deste ranking, a Copérdia não mede esforços para garantir uma produção primária de qualidade. “Ter um plantel bem qualificado é fundamental para assegurar o compromisso enquanto fornecedores de uma das maiores agroindústrias do país. Por isso nossa maior preocupação enquanto cooperativa está em auxiliar nossos produtores para que alcancem bons índices de eficiência, produtividade e rentabilidade para assim, garantir sua permanência no campo”, destaca Vanduir Martini, segundo vice-presidente e diretor geral da Copérdia.

Vanduir Martini, segundo vice-presidente e diretor geral da Copérdia

Atualmente, a atividade de suinocultura é uma das mais importantes da carteira de negócios da Copérdia, representando aproximadamente 22% do faturamento total. Hoje, a cooperativa mantém 900 produtores ligados à Suinocultura nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, destes, 788 estão em Santa Catarina. “Nossa maior contribuição para a suinocultura Catarinense e para a economia está em assegurar que estes produtores continuem produzindo com qualidade”, destaca Martini. Santa Catarina representa muito para o Brasil quando se fala em agronegócio e exportação de matéria prima finalizada. “Somos referência em relação ao fornecimento de carnes e lácteos especialmente por que temos o modelo e condição sanitária mais seguro do país”, contribui.

Outra grande preocupação da Copérdia no negócio Suinocultura é garantir o fornecimento de insumos para a produção da ração animal. “Estamos atuando em quase todo estado no fomento à produção de grãos com nossos associados a fim de assegurar este importante cereal que compõe mais de 60% do insumo necessário para a produção de suínos. Santa Catarina possui um déficit na produção de milho: produz na faixa de 3 milhões de toneladas e consome mais de 6 milhões. Isso faz com que precisemos importar de outros estados e países”, explica o segundo vice-presidente e diretor geral.

Martini relata que além de milho, a Copérdia também precisa importar soja e farelo de soja, insumos importantes para a produção de ração. “Esta é uma realidade presente na rotina das empresas ligadas ao agronegócio e infelizmente essa disputa gera elevação de preços, por isso, precisamos ser competitivos para manter nossa atividade sustentável”, finaliza.