A nova greve dos caminhoneiros programada para iniciar na próxima segunda-feira (09/11) em todo o país, pode causar prejuízos milionários para o setor de produtos de origem animal no Rio Grande do Sul. Além disso, na greve realizada no começo do ano, o primeiro ponto a sentir os reflexos da paralisação foi o abastecimento de milho para a ração. Com isso, muitos animais entraram em risco alimentar e passaram por problemas sanitários. Por isso, o Fundesa – Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal, apela às autoridades para que negociem com os movimentos grevistas, evitando um colapso no sistema de abastecimento.
O presidente do Fundo, Rogério Kerber, alerta que os problemas na oferta de alimento (milho e ração) podem ocasionar queda de imunidade nos animais de produção, abrindo possibilidade de ingresso de doenças. “Tem a ver com sanidade, com bem-estar animal e também com a economia gaúcha”, alerta.
Conforme Kerber, o setor de suínos, por exemplo, após a greve de fevereiro, levou quatro meses para ter o fluxo de produção normalizado. O Fundesa é composto por entidades que representam os setores de aves, suínos e pecuária de corte e leite. A entidade está buscando apoio de lideranças de diversos setores da economia gaúcha para sensibilizar o governo a dialogar com os grevistas.