A indústria de máquinas agrícolas espera ainda para esta semana uma reedição do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Criado em julho de 2009, com taxas de juros de 4,5%, o PSI tinha por objetivo ser uma ferramenta de financiamento para investimentos, de forma a combater a crise financeira internacional, que enxugou o crédito do mercado a partir de outubro de 2008. Em julho do ano passado, o governo decidiu prorrogar os prazos do plano até o fim de março de 2011, porém, elevando as taxas de juros oferecidas para 5,5%.
Após o recorde nas vendas de máquinas agrícolas no ano passado, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) acredita que nos próximos dias ocorra uma nova prorrogação do PSI ou seja criado um programa semelhante, com os mesmos padrões, mas que mantenha os subsídios concedidos para as taxas de juros.
No início do mês, representantes das indústrias estiveram em Brasília e disseram ter conseguido do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, a promessa de prorrogação do plano. Restava, no entanto, definir as novas taxas de juros, que devem ser maiores que as que estarão vigentes até o fim deste mês.
“Com a prorrogação do programa, acreditamos que as vendas de máquinas em 2011 se mantenham nos mesmos níveis do ano passado, ao redor de 65 mil unidades”, afirma Milton Rego, vice-presidente da Anfavea. Em 2010, a Anfavea registrou a venda de 68,5 mil unidades.