De acordo com dados divulgados na segunda-feira pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do milho seguem em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa registra elevação de 7,4% na parcial de março (até o dia 12), fechando a R$ 91,73/saca de 60 kg na sexta-feira, 12 – próximo ao recorde real verificado em 30 de novembro de 2007 e agora atualizado para R$ 92,33/sc.
No geral, os valores têm sido sustentados pela retração de vendedores. De acordo com pesquisadores do Cepea, no Sudeste e no Sul do País, produtores estão à espera de novas valorizações, fundamentados na baixa disponibilidade, e, no Centro-Oeste, muitos agricultores estão concentrados na colheita da safra verão e/ou na semeadura da segunda safra. Compradores, por sua vez, mostram dificuldades na recomposição de estoques.
No caso da soja os preços registraram oscilações mais expressivas ao longo da última semana, influenciados pelas variações do dólar e por divulgações de relatórios de oferta e demanda. Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que a lentidão da colheita no Brasil, a necessidade de cumprimento de contratos, especialmente ao mercado internacional, dificuldades logísticas e a paridade de exportação também resultaram em oscilações nos valores domésticos.
Assim, enquanto no dia 9 o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá atingiu o maior valor nominal da série do Cepea, R$ 179,30/sc de 60 kg, nos dois dias seguintes, cedeu 4,5%. No balanço da semana (de 5 a 12 de março, o Indicador recuou 2,7%, fechando a R$ 169,71/sc na sexta-feira