O índice de preços globais de alimentos da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) voltou a subir em setembro, pelo quarto mês seguido. O indicador atingiu 97,9 pontos, 2 pontos (2,1%) mais que em agosto e com alta de 4,6 pontos (5%) ante setembro de 2019.
De acordo com a FAO, a alta foi puxada por cereais e óleos vegetais. Em contrapartida, os lácteos ficaram estáveis e açúcar e carnes recuaram.
No caso dos cereais, setembro marcou a terceira elevação consecutiva. O índice do grupo foi a 104 pontos, um aumento de 5 pontos (5,1%) em relação a agosto. Conforme a FAO, os preços subiram em meio a um comércio vigoroso, ao mesmo tempo em que existem preocupações com a seca nas áreas produtoras de cereais na Europa ocidental e na região do Mar Negro.
O indicador para os óleos vegetais alcançou 104,6 pontos em setembro, 5,9 pontos (6%) acima de agosto. Nesse grupo, foi a primeira alta em oito meses. Os preços da soja, canola e girassol subiram.
O índice de preços dos laticínios ficou em 102,2 pontos em setembro, mesmo nível de agosto. Os aumentos moderados nas cotações de manteiga, queijo e leite em pó desnatado foram compensados por uma queda do leite em pó integral.
Já o indicador que mede os preços das carnes atingiu 91,6 pontos em setembro,uma ligeira queda (0,9%) em relação a agosto que aprofundou a tendência geral observada desde janeiro deste ano. “Em setembro, as cotações da carne suína caíram, em parte influenciadas pela decisão da China de impor uma proibição às importações da Alemanha após a detecção da peste suína africana (ASF) entre os javalis, enquanto os preços da carne ovina diminuíram com a alta oferta sazonal da Austrália. Em contraste, as cotações de carne de frango aumentaram, impulsionadas pelo ritmo acelerado das vendas internacionais e pela oferta limitada de exportação do Brasil”, diz a FAO, em relatório.
O índice de preços do açúcar, finalmente, caiu para 79 pontos em setembro, 2,1 pontos (2,6%) menos que em agosto. “A queda nos preços internacionais do açúcar foi principalmente uma reação às expectativas de um superávit da produção global de açúcar para a nova safra 2020/21”, afirma o texto da FAO.