Redação AI (15/05/07) – O objetivo é garantir a preservação dos costumes da religião islâmica. O grupo, que representa a Dubai Cooperative Society – maior importadora de alimentos do Oriente Médio –, está na Frango Vit, que diariamente abate 50 mil aves em Campo Grande. A parceria é o começo de um promissor investimento em exportação por parte da empresa brasileira. De imediato, o abate já passará para 70 mil animais por dia. No total, serão exportados 500 toneladas por mês, mas a intenção é ampliar os laços com o comércio externo, sem perder espaço no comércio local. "É uma oportunidade de explorar novos mercados e de desenvolvimento", enfatiza o diretor da Frango Vit, Paulo Muniz.
Para o Estado, a iniciativa é sinônimo de mais oportunidades. Para atender à demanda, a empresa está em busca de novos parceiros para produzir os frangos e, consequentemente, construir granjas no interior do Estado. "Vamos propiciar a famílias de baixa renda uma oportunidade de aumentar sua receita. Este é o lado social da expansão da exportação", frisa o diretor da Frango Vit. Além disso, ele lembra que não é apenas o frango que está sendo exportando. "Indiretamente, estamos levando para fora o milho, soja e mão-de-obra. É uma importante forma de multiplicar os laços comerciais", acrescenta.
De olho em um dos mercados importadores que mais cresceram nos últimos anos, a empresa integrou em sua equipe, composta por mais de 500 funcionários, cinco profissionais de origem islâmica. Um deles é o especialista técnico de produção Sajid Hussain Khan. Como coordenador das ações, ele confere se regras do Alcorão, livro sagrado do islamismo, estão sendo colocadas em prática. Entre as exigências está a efetivação do abate por um homem muçulmano, adulto e em boas condições físicas e mentais, além disso, no momento do sacrifício, que deve ser feito com uma faca extremamente afiada, ele deve estar voltado para Meca e repetir as palavras: "em nome de Deus e Deus é grande".
Comumente no Brasil, o abate é efetivado por meio de choque elétrico para na sequência ocorrer o sacrifício. Na concepção dos muçulmanos, isso vai contra os ensinamentos divinos. Eles acreditam que a morte deve ocorrer de forma que gere menos dor possível ao animal.