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Indústrias se organizam para rejeitar transgênicos

<p>Justificativa envolve o mercado internacional, pois a Europa, por exemplo, não quer transgênicos.</p>

Redação (16/07/2008)- Os grupos Caramuru, Maggi e Imcopa, com sede no Paraná e entre os maiores compradores de soja no país, decidiram criar uma organização para representar apenas empresas que trabalham com soja convencional e cujo nome não foi definido, informou o vice-presidente do Grupo Caramuru, César Borges. "É um nicho de mercado resultado das exigências dos compradores internacionais. A Europa não quer transgênicos", lembrou.

Na Caramuru, a rastreabilidade dos grãos foi adotada em 2000 e os processos são acompanhados por duas certificadoras internacionais. Depois de produzido o óleo de soja, não há como identificar se provém de planta transgênica. "A auditagem começa com a semente, prossegue no campo, no recebimento da soja nos armazéns, nos transbordos, na indústria, nos navios etc.", explicou. "Para nós, as exigências dos compradores no exterior são entendidas como possibilidades de negócios e não como entrave", acrescentou. Atualmente, a soja não-transgênica do Paraná está recebendo do mercado europeu um prêmio de 10% em relação aos produtos originários da transgenia e até aqui o estado conseguiu manter a produção equilibrada: 50% é de cultivo tradicional e 50% é transgênica, segundo a Secretaria de Agricultura.