De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (20/01) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), tanto o milho quanto a soja estão em alta no mercado interno.
Os negócios envolvendo a soja em grão voltaram a se aquecer no mercado brasileiro, devido à firme demanda doméstica. De acordo com pesquisadores do Cepea, os atuais patamares elevados de preços estimulam sojicultores a comercializarem o produto remanescente da safra 2018/19 e os poucos volumes já disponíveis da temporada 2019/20.
A maior liquidez, os baixos estoques atuais, o atraso na colheita de verão e o clima mais seco em parte das regiões Sul e Nordeste explicam o movimento de alta dos preços. Na parcial de janeiro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ Paraná estão nos maiores patamares para o mês desde 2016, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de dezembro).
Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho está próximo do patamar recorde nominal da série do Cepea, de R$ 53,91/sc, verificado no início de junho de 2016. Na sexta-feira, 17, o Indicador fechou a R$ 51,77/sc de 60 kg, com avanço de 6,48% na parcial de janeiro.
Segundo pesquisadores do Cepea, a disponibilidade doméstica ainda é baixa, apesar de a colheita da safra verão 2019/20 já ter sido iniciada no Sul do País. A demanda, por sua vez, está ativa no mercado interno, contexto que mantém os preços do milho em alta no spot.
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