Da Redação 17/06/2003 – Em virtude da crise da Chapecó Alimentos que se arrasta há mais de um ano e a paralisação das atividades, desde o mês de abril, muitos integrados já estão deixando a agroindústrias e procurando outras empresas.
O presidente do Sindicato dos Criadores de Aves do Estado de Santa Catarina (Sincravesc), Valdemar Kovaleski, estima que, dos cerca de mil integrados da Chapecó Alimentos, cerca de 140 já deixaram a empresa. “Cada dia que passa a dificuldade aumenta, pois os produtores estão com aviários parados e com dívidas para pagar”, disse Valdemar Kovaleski.
O Sincravesc está buscando junto à diretoria da Chapecó Alimentos um cronograma de pagamento e a confissão das dívidas de R$ 4 milhões aos avicultores, uma remuneração de R$ 30 por dia, considerando um aviário de 100 metros por 12 metros, e um acordo para liberação dos avicultores que querem outras empresas.
Kovaleski disse que existe um contrato de parceria entre a Chapecó e os integrados, mas que a empresa não cumpriu suas determinações, o que poderia gerar a rescisão. “Queremos que isso seja feita de uma forma disciplinada e ordeira”, disse o presidente do Sincravesc.
Até o primeiro produtor de matrizes de frangos da Chapecó Alimentos, Eron Baldissera, que está há 21 anos na atividade, pode estar deixando a empresa. Ele já assinou um destrato, onde já não é mais integrado da Chapecó Alimentos. Baldissera disse que vai esperar até quinta-feira, quando esgota o prazo para a Dreyfus apresentar a proposta final de compra, antes de decidir o que vai fazer. O agropecuarista disse que manteve contato com outras empresas, mas não descarta continuar trabalhando para a Chapecó Alimentos. “Tudo vai depender das propostas”, disse Baldissera.