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IPP varia -1,29% em dezembro e fecha 2022 em 3,13%

Abate e fabricação de produtos de carne, recuou tanto na comparação mensal (-1,14%) como na anual (-3,87%),

IPP varia -1,29% em dezembro e fecha 2022 em 3,13%

Em dezembro de 2022, os preços da indústria variaram -1,29% frente a novembro, acumulando alta de 3,13% no ano, terceiro menor valor acumulado no ano até um mês de dezembro desde o início da série histórica em 2014. O acumulado de 2022 foi, aproximadamente, 25 pontos percentuais (p.p.) menor que o de 2021.

Fonte: IBGEEm dezembro, os preços de 15 das 24 atividades industriais investigadas apresentaram variações negativas ante o mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).

Em dezembro de 2022, 15 das 24 atividades industriais investigadas apresentaram recuo de preço ante novembro. As quatro atividades com maiores variações foram: indústrias extrativas (-7,21%); refino de petróleo e biocombustíveis (-5,46%); madeira (-2,96%); e outros produtos químicos (-2,79%).

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O acumulado no ano atingiu 3,13% contra 4,48% em novembro. Desta forma, o IPP encerrou 2022 com o terceiro menor valor acumulado no ano até um mês de dezembro desde o início da série histórica, em 2014. Esse valor é aproximadamente 25 pontos percentuais (p.p.) menor que o registrado no acumulado de 2021, dinâmica seguida por sete das 24 atividades industriais investigadas pela pesquisa.

Entre as atividades que fecharam o ano com as maiores variações, destacam-se: papel e celulose (19,45%), impressão (19,17%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,99%) e fabricação de máquinas e equipamentos (15,71%).

Entre as Grandes Categorias Econômicas, a variação de preços de dezembro ante novembro foi: 0,85% em bens de capital (BK); -2,08% em bens intermediários (BI); e -0,43% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de -0,16%, e nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de -0,48%.

Bens intermediários foi a principal influência entre as Grandes Categorias Econômicas, com peso de 57,39% no índice geral e responsável por -1,21 p.p. da variação de -1,29% nas indústrias extrativas e de transformação. Bens de capital teve influência de 0,06 p.p. e bens de consumo de -0,15 p.p. No caso de bens de consumo, a influência observada em dezembro se divide em -0,01 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e -0,14 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Os acumulados no ano das Grandes Categorias Econômicas foram: bens de capital (11,92%); bens intermediários (0,90%) e bens de consumo (5,18%), sendo 6,95% para bens de consumo duráveis e para 4,84% bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Em termos de influência no resultado acumulado no ano, bens de capital foi responsável por 0,82 p.p. dos 3,13% verificados na indústria geral até dezembro deste ano. Bens intermediários, por seu turno, respondeu por 0,53 p.p., enquanto que bens de consumo exerceu influência de 1,79 p.p. no resultado agregado da indústria, influência que se divide em 0,39 p.p. devidos às variações nos preços de bens de consumo duráveis e 1,40 p.p. causados pelas variações de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

 

Alimentos

Depois de quatro meses consecutivos, a variação dos preços do setor voltou ao campo positivo, tendo, na passagem de novembro para dezembro, avançado 0,29%. Com isso, o resultado anual ficou em 5,04%, 13,62 p.p. menor do que o do fechamento de 2021. Em termos de número-índice, o de dezembro de 2022 (179,02) é 5,27% menor do que o observado no pico da série, 188,97 (julho de 2022). O setor de Alimentos é destaque por ter sido a terceira maior influência no acumulado no ano (1,20 p.p. em 3,13%).

Apenas um produto, “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, cuja variação de preços é negativa, é destaque tanto em termos de variação quanto de influência, na perspectiva da comparação entre dezembro e novembro. A variação de preços de “carnes e miudezas de aves congeladas” também é negativa, mas a dos outros dois produtos (“açúcar cristal” e “resíduos da extração de soja”), por serem positivas, atenuam a pressão de baixa, o que será reforçado pelos demais 39 produtos (com influência positiva de 0,36 p.p.).

Na comparação de dezembro de 2022 contra dezembro de 2021, dos quatro produtos de maior influência, apenas “resíduos da extração de soja” esteve em destaque na comparação mensal e com impacto igualmente positivo. Dos outros três produtos, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “arroz semibranqueado ou branqueado, mesmo polido ou brunido” e “farinha de trigo”, apenas o primeiro, aquele que tem o maior peso atual no setor, pressionou negativamente o resultado.

O grupo de maior peso no setor, “abate e fabricação de produtos de carne”, recuou tanto na comparação mensal (-1,14%) como na anual (-3,87%), sendo a última mais intensa que a de “fabricação e refino de açúcar” (-0,61%), o outro grupo no campo negativo. Já a maior variação negativa, na comparação mensal (-2,20%), ocorreu em “laticínios”, por sua vez, aquele que teve a maior alta de preços na comparação anual (20,13%).