Em mais passo de sua agressiva estratégia de aquisições no segmento de carne de frango, a JBS anunciou ontem que chegou a um acordo para comprar os ativos do grupo avícola paulista Céu Azul, por R$ 246 milhões. O negócio depende do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), conforme documento protocolado pela JBS na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Com a aquisição, a JBS assumirá mais duas unidades de processamento de aves, com capacidade conjunta para abater 330 mil aves por dia. O negócio com o Céu Azul também inclui duas fábricas de ração e três incubatórios. As unidades estão localizadas nos municípios de Guapiaçu e Itapetininga, em São Paulo.
O novo negócio reforça a expansão da JBS Foods, que detém a marca Seara e reúne as operações da JBS no segmento de aves, suínos e alimentos processados no Brasil. A JBS tem planos ambiciosos para o segmento e já fez, em maio, um pedido de oferta pública de ações para abrir o capital da JBS Foods na BM&FBovespa.
Desde dezembro ano passado, a JBS Foods vem fazendo uma série de pequenas e médias aquisições, em negócios que já somam mais de R$ 700 milhões – a conta já inclui a transação com o grupo Céu Azul, anunciada ontem.
Entre as operações realizadas está a aquisição da Massa Leve, que atua nos mercados de massas frescas e pratos prontos. Anunciada em dezembro, a compra da Massa Leve, por R$ 260 milhões, foi concluída no fim junho. Para fortalecer a JBS Foods, a JBS também já comprou a avícola gaúcha Frinal e a paranaense Bela Foods. A JBS também arrendou um abatedouro da BRFrango no noroeste do Paraná e comprou granjas da Big Frango na mesma região do Estado.
Ao que tudo indica, o movimento de aquisições deverá continuar. Em maio, durante a divulgação do balanço, o CEO da JBS, Wesley Batista, afirmou que a empresa está ativa “em olhar as oportunidades”.