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Agroindústrias

JBS detém 17,5% do mercado doméstico de abate, estima Scot

O grupo JBS detém 17,5% da capacidade de abate do país, seguido pelos frigoríficos Marfrig (6%) e Minerva (2,7%), de acordo com levantamento da consultoria Scot.

JBS detém 17,5% do mercado doméstico de abate, estima Scot

O grupo JBS detém 17,5% da capacidade de abate do país, seguido pelos frigoríficos Marfrig (6%) e Minerva (2,7%), de acordo com levantamento da consultoria Scot.

Para o engenheiro agrônomo e diretor da Scot, Alcides Torres, o estudo demonstra que não há situação de monopólio ou oligopsônio (forma de mercado com poucos compradores e inúmeros vendedores) no Brasil, mas que em alguns Estados o cenário é de concentração. “É preciso analisar regionalmente. Em Mato Grosso, por exemplo, temos monopólio, onde o JBS abate 48% dos bovinos”, explica Torres.

A organização dos produtores por meio de associações e o investimento em tecnologia são as saídas para enfrentar os casos de exclusividade do mercado, acredita o engenheiro agrônomo. “Os produtores hoje estão pulverizados e precisam ser os protagonistas da mudança. E, em alguns casos, embora o livre mercado seja a organização econômica mais adequada, o governo pode intervir para fixar limites”, analisa.

Em Mato Grosso do Sul, a Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul) realizou um mapeamento dos frigoríficos e comprovou que as plantas de maior porte, com abate diário acima de mil cabeças, pertencem aos grandes frigoríficos. O JBS tem atualmente 37% do mercado no estado e pode chegar a 42% com a aquisição do frigorífico Independência. O Marfrig tem 11% do mercado, seguido pelo grupo Navi Carnes, com 7%, e o Minerva, com 5%.

O levantamento da Famasul também se deparou com a ociosidade de 19% no setor. Das 35 unidades para abate com Sistema de Inspeção Federal (SIF), com potencial de produção de 16,4 mil cabeças por dia, 25 estão em operação e abatem 13,2 mil cabeças de gado por dia.