A BRF Brasil Foods pretende apresentar na próxima semana ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) proposta final para manter a fusão entre a Sadia e a Perdigão.
Ontem, como antecipou a reportagem, o conselheiro Ricardo Ruiz adiou o julgamento atendendo um pedido da empresa, para dar mais tempo para encontrarem uma solução negociada e evitar a dissolução do negócio.
O novo julgamento, porém, deverá ocorrer só no início de julho. Na próxima sessão do conselho, no dia 29, não haverá quorum para analisar o processo, já que o conselheiro Olavo Chinaglia estará representando o Cade em reunião da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) na França.
O julgamento da fusão no Cade é feito com o quorum mínimo de cinco conselheiros porque o presidente Fernando Furlan –primo do presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan– e o conselheiro Elvino Mendonça –um dos responsáveis pelo parecer da Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) sobre o caso– se declararam impedidos.
Para convencer Ruiz a adiar o julgamento, a Brasil Foods sinalizou que poderá abrir mão de ativos importantes, o que deverá ser detalhado na proposta a ser apresentada.
Ruiz pediu vista do processo na semana passada, após o relator do caso, Carlos Ragazzo, apresentar um duro voto contra a operação.