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Agroindústrias

Lucro da BRF cresce no 4º trimestre, mas cai 41% no ano

Aumento de custos pressiona resultados da BRF em 2012.

Lucro da BRF cresce no 4º trimestre, mas cai 41% no ano

A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do país, informou que registrou no quarto trimestre de 2012 um lucro líquido de R$ 563 milhões, aumento de 365% em relação aos R$ 121 milhões registrados em igual período do ano fiscal anterior.

Apesar desse melhor desempenho no último trimestre do ano, a companhia não conseguiu recuperar a queda de resultado registrada sobretudo no terceiro trimestre. Assim, no acumulado dos 12 meses de 2012, o lucro líquido da companhia foi de R$ 813 milhões, queda de 41% em relação R$ 1,367 bilhão de 2011.

O aumento dos preços dos grãos (soja e milho), que representam cerca de 70% do custo da ração, foi a principal razão para o pior desempenho anual da companhia, resultante da fusão da Perdigão com a Sadia. A empresa também delega o lucro líquido menor à cessão de ativos e à suspensão de marcas – que representavam um terço do volume de vendas no mercado interno.

Apesar desses percalços, a empresa ressaltou que conseguiu ampliar sua receita líquida que, no quarto trimestre, avançou 15%, para R$ R$ 8,1 bilhões, e no ano cresceu 11%, para R$ 28,5 bilhões.

No quarto trimestre, a companhia aumentou em 24% a receita obtida com as exportações – que atingiram R$ 3,392 bilhões – e foram puxadas pelas vendas de aves in natura, que alcançaram R$ 2,727 bilhões. No ano, as exportações foram de R$ 11,6 bilhões, crescimento de 15%.

No mercado interno, a receita no trimestre cresceu 9%, alcançando R$ 3,5 bilhões. No ano, avançou o mesmo percentual, atingindo R$ 12,6 bilhões. A venda de processados, carro-chefe dos negócios no mercado do Brasil, teve um pequeno recuo de 0,48%, para R$ 2,654 bilhões nos últimos três meses do ano passado. No acumulado de 2012, aumentou 3%, para R$ 9,4 bilhões. A receita da divisão de lácteos foi de R$ 674 milhões no quatro trimestre – crescimento de 11% – e de R$ 2,7 bilhões no ano, 7% de alta.

O Ebitda, que mede o potencial de geração de caixa da empresa, cresceu 16% no último trimestre de 2012, para R$ 850 milhões e, nos doze meses do ano, no entanto, recuou 19%, para R$ 2,348 bilhões. A margem Ebitda no trimestre foi de 10,4% (ante 10,3% do mesmo trimestre do ano anterior), mas no ano ficou menor, em 8,2%, 3 pontos percentuais abaixo dos 11,2% dos doze meses do ano fiscal 2011.