A empresa de máquinas agrícolas e equipamentos para construção CNH registrou lucro líquido atribuído aos acionistas de US$ 323 milhões no terceiro trimestre do ano, aumento de 17,9% sobre o mesmo período de 2011. Por ação, o lucro líquido registrado foi de US$ 1,34 ante US$ 1,14 na mesma base de comparação. O lucro operacional cresceu 0,9% no intervalo, para US$ 464 milhões.
O crescimento do lucro é creditado às sólidas condições do setor agrícola, impulsionado pelos altos preços das commodities com os efeitos da severa seca nos Estados Unidos, além da satisfatória performance industrial. As vendas líquidas subiram 4,8% no terceiro trimestre ante o mesmo intervalo do ano passado, para US$ 4,833 bilhões. Desse total, somente o setor agrícola representou US$ 4 bilhões, aumento de 12% na mesma comparação. Já a comercialização de máquinas para construção recuaram 14% no período, para US$ 830 milhões.
Outra empresa que registrou alta no lucro líquido foi a multinacional americana AGCO. A fabricante de máquinas agrícolas teve aumento de 11,9% no seu lucro líquido atribuído aos acionistas no terceiro trimestre do ano ante o mesmo período de 2011. O lucro foi de US$ 94,5 milhões ante US$ 84,4 milhões no terceiro trimestre do ano passado. Por ação, o lucro líquido saltou de US$ 0,88 para US$ 0,97 no mesmo intervalo.
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As margens operacionais foram de 6,1% no terceiro trimestre ante 5,4% em igual intervalo de 2011, apesar do aumento dos custos com nova unidade de montagem na Alemanha.A receita líquida cresceu 9,3% , para US$ 2,295 bilhões ante US$ 2,099 bilhões registrados no terceiro trimestre do ano passado. O maior crescimento é atribuído às vendas nas Américas do Norte e Sul.
As vendas foram consideradas recordes no terceiro trimestre, com a AGCO aproveitando os fortes fundamentos da agricultura no mundo, segundo Martin Richenhagen, presidente e CEO do grupo. Ele afirmou que a nova unidade de montagem na Alemanha deve ajudar a reduzir os custos de produção.
A seca nos Estados Unidos impulsionou os preços agrícolas que possibilitaram níveis recordes de renda agrícola no país e suportaram as compras de máquinas na América do Norte, segundo a companhia. Embora não exista expectativa de impactos duradouros da seca, a AGCO verifica uma leve procura por equipamentos para armazenagem de grãos e outros equipamentos, como resultado de menores volumes das culturas. Na Europa, a demanda por máquinas agrícolas é mais fraca principalmente no sul do continente, Escandinávia e Finlândia, enquanto continua em níveis normais nos principais mercados da Europa Ocidental, como a Alemanha e França.
No Brasil, apesar do clima seco no início deste ano, as condições das culturas melhoraram. A safra abundante, programas governamentais de financiamento atraentes e preços favoráveis para os grãos dão sustentação ao mercado de máquinas na América do Sul. A AGCO acredita que o consumo de grãos e menores níveis de estoques devem sustentar os preços das commodities e a renda agrícola acima dos níveis históricos e produzir uma demanda “saudável” para a indústria de máquinas.
