A BRF, uma as maiores companhias de alimentos do mundo e presente em mais de 117 países, tem entre seus colaboradores representantes de 92 nacionalidades, que falam 29 idiomas. Assim como no País há colaboradores de diversas origens, os brasileiros levam seu conhecimento e experiência também para as unidades da empresa no exterior. Atualmente, há mais de 120 colaboradores brasileiros atuando em outros países, como Japão, Emirados Árabes Unidos e Turquia.
“A BRF acredita que a diversidade cultural traz ideias inovadoras e gera resultados positivos. Esses movimentos se destinam ao intercâmbio de conhecimentos técnicos e experiências profissionais, que contribuem para o desenvolvimento de todos, das pessoas e da Companhia”, afirma Christiano Moreno, diretor global de Remuneração, Benefícios, Mobility e Relações do Trabalho, que dirige sua área a partir de São Paulo, liderando uma equipe diversa e multicultural, com integrantes em vários estados do Brasil e em Dubai.
Para os expatriados, a empresa apoia no processo migratório, com vistos e documentos de identificação em cada país, dá suporte na mudança, ajuda de custo inicial, passagem aérea e hospedagem no primeiro mês. O catarinense Ruan Susin, engenheiro de projetos, depois de cinco anos na unidade da BRF em Campos Novos, em Santa Catarina, por exemplo, foi selecionado para trabalhar na expansão da capacidade de produção da planta da Banvit, subsidiária da BRF no Noroeste da Turquia.
O engenheiro conta que logo que a BRF anunciou um investimento de US$ 46 milhões nas suas operações na Turquia, ele percebeu que a expansão também trazia uma oportunidade de crescimento para ele. “Antes de vir, me preparei para as mudanças culturais e de costumes. O processo de adaptação é sempre um desafio, mas fui muito bem recebido e o intercâmbio de conhecimento é enriquecedor”, conta Susin.
Ele ressalta que as mudanças são, muitas vezes, imprevistas, e que se deve estar preparado para elas. “Recomendo mergulhar na cultura do local, conhecendo o novo país, o clima e, principalmente, a comida, que pode ser bem diferente no primeiro contato, mas surpreendente quando nos adaptamos aos novos pratos”, conta o engenheiro.
O técnico-eletromecânico Maurício Ângelo, da planta da BRF em Paranaguá, litoral do Paraná, também trabalhou na Turquia. Ele ficou por um período de três meses na Banvit. “Levei à unidade algumas técnicas de manutenção adotadas no Brasil, que pude repassar aos colegas turcos, e aprendi novas técnicas também. Um aprendizado e uma experiência que valem para sempre”, conta Maurício.
Analista de serviços ao consumidor, Rafaela Pieritz, natural de Curitiba (PR), trabalha há um ano e meio na BRF em Tóquio, no Japão, e ficou sabendo que havia uma posição para trabalhar na Companhia depois de se mudar para lá com o marido. “Aprendo coisas novas todos os dias. A pontualidade no Japão é fundamental. Não se pode atrasar um minuto, por exemplo. Tirar os sapatos no escritório, que são substituídos por sapatilhas, também se tornou uma rotina”, avalia Rafaela.