Da Redação 16/09/2003 – A direção da Chapecó Alimentos conseguiu mais 15 dias da empresa francesa Dreyfus para concluir a negociação de deságio com credores e fornecedores e quitar os débitos que chegam a R$ 1 bilhão. É a segunda prorrogação de prazo, que inicialmente vencia em 31 de agosto.
O presidente da Chapecó Alimentos, Celso Schmitz, comemorou o novo prazo, pois terá mais tempo para tentar convencer os credores da empresa a receber um valor menor, para evitar o colapso total que resultaria em falência. Na semana passada, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aceitou o deságio de 96,8% dos R$ 500 milhões que teria para receber da agroindústria.
Schmitz disse que o Banco do Brasil também estaria aceitando a proposta. A expectativa é de que, ainda hoje, outros bancos públicos como BRDE, Badesc, Banrisul e Besc, encaminhem uma resposta positiva.
Schmitz deve se reunir hoje com diretores da Serpros e Aeros, que têm para receber R$ 21,8 milhões e R$ 16,3 milhões, respectivamente. A maior dificuldade está em convencer os bancos privados, como o Real ABN Amro. As dívidas com 21 instituições financeiras chegam a R$ 900 milhões.
Schmitz disse que vai tentar apelar para a questão social para manter a continuidade do processo produtivo, que seria assumido pela Dreyfus. A Chapecó tinha cerca de 5 mil funcionários (3,1 mil já demitidos) e 1,5 mil integrados. Há mais de 2 mil fornecedores com R$ 80 milhões para receber.