A compra da Seara pela Marfrig deve consolidar o grupo como um dos maiores exportadores de carnes in natura e produtos industrializados. É o que afirma a diretoria da empresa, durante teleconferência com investidores nessa terça, dia 15. Além de ganhar espaço nas exportações brasileiras, a Marfrig pretende aumentar a produção de alimentos industrializados.
Como tem abrangência nacional, a marca Seara terá maior relevância nos negócios. Outras marcas pertencentes ao grupo Marfrig, como Da Granja e Pena Branca, serão alternativas regionais. Além disso, eles pretendem aproveitar a estrutura da Seara já instalada no exterior para ampliar exportações.
Um dos principais objetivos do grupo Marfrig com a aquisição da Seara é aumentar a quantidade de produtos processados e industrializados, agregando valor, principalmente, aos derivados de aves e suínos. Os detalhes da operação foram apresentados por telefone pelos diretores da empresa em teleconferência com os investidores.
A capacidade de abates do Marfrig apresentou um forte crescimento. A empresa pode abater agora mais de 2,9 milhões de cabeças de frango por dia, um crescimento de 70%. Já nos suínos, são mais de 10 mil cabeças por dia, uma alta de 148%.
A Marfrig, que antes da aquisição detinha 4,72% das exportações de frango, passa agora a participar com 16,6%, perdendo somente para a Brasil Foods, companhia criada a partir da compra da Sadia pela Perdigão.
Com relação aos embarques de carne suína, a participação da Marfrig na pauta de exportações passa de 4,9% para 16%. A diretoria da empresa também comemora a ampliação do acesso a importantes mercados internacionais, como Japão, China continental, Rússia, Oriente Médio, Europa e África do Sul.