O frigorífico Marfrig dispensou 250 dos 850 trabalhadores da unidade Capão do Leão II, no município de mesmo nome. As rescisões dos contratos foram homologadas na tarde de ontem. Em nota, o Marfrig informou que esta foi uma medida momentânea, mas necessária para a estabilidade financeira. “Assim que os preços entre oferta de gado local e demanda estiverem equalizados em patamares comercialmente aceitáveis, a planta poderá retomar a atividade plena de produção”, diz o texto.
A notícia foi recebida com surpresa, mas o presidente do Sindicato da Alimentação de Pelotas, Lair Mattos, confia na possibilidade de readmissão assim que a crise for superada. “Os funcionários que permanecem com seus empregos também estão prejudicados, já que devem trabalhar dobrado para suprir a demanda de serviços diários.” Ele criticou a postura do Grupo Marfrig, tendo em vista o benefício recebido do governo do Estado de redução de alíquota de ICMS de 7% para 3%. “O impacto social na região será arrebatador. Muitos não possuem condições para arcar com despesas de transporte e alimentação para buscar emprego”, pontuou.
A planta tem capacidade para 600 cabeças/dia e seguirá a operar em um turno de atividade.