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Marfrig divulga balança anual de 2008

Empresa ampliou ainda a participação em seu mix de vendas no setor de industrializados em 10% para 22,3% e obteve margem EBITDA acima da orientação ao mercado, fechando em 14,3% no período.

Redação (19/03/2009) –  A Marfrig Frigoríficos e Comércio de Alimentos S.A. (Novo Mercado da Bovespa: MRFG3), uma das principais empresas globais de alimentos, apresenta seus resultados de 2008 em que celebra a conclusão de um ciclo de expansão e aquisições que a posicionam como a Empresa de Alimentos mais diversificada em Carnes. “A execução da estratégia de expansão e diversificação do Grupo Marfrig mais uma vez se mostrou acertada em 2008, adquirindo empresas saudáveis com times bem formados e em condições de tocar o negócio de forma integrada e em equipe, apresentando resultados consistentes já em 2008, avalia o CEO e Chairman do Grupo, Marcos Molina.

Para Molina, a estratégia executada até 2008 cria condições para um bom desempenho em 2009, ano em que a integração das unidades e a austeridade em despesas serão decisivas, com ganho gradual por sinergias vindas da estratégia de diversificação em um cenário desafiador. “A crise global oferecerá oportunidades a explorar, uma vez que o setor de alimentos é dos mais resilientes em cenários restritivos. Cada vez mais queremos ser reconhecidos pelo mercado e consumidor final, por meio de nossas marcas, como uma empresa de alimentos que oferece uma solução completa, desde o café da manhã até a última refeição”, declara Molina.

Com relação aos números do Grupo, em 2008 a receita líquida atingiu R$ 6,2 bilhões contra os R$ 3,3 bilhões registrados em 2007, representando crescimento de 85,7%, e atingindo a expectativa de receita entre R$ 6,0 e R$ 6,5 bilhões informada ao mercado em jan/2008. Contribuíram para esse resultado o aumento da diversificação geográfica, proporcionada pelas aquisições e conseqüente consolidação de uma base de produção estruturada em proteínas animais (bovinos, frangos, suínos e ovinos).

Ainda em 2008 o EBITDA chegou a R$ 884,4 milhões, com aumento de +132,6% em relação a 2007 (R$ 380,2 milhões).  A margem foi de 14,3% e aumentou 290 pontos base em comparação aos 11,4% registrados em 2007, acima da orientação entre 10 e 11% dada ao mercado em jan/2008. Destaque ainda para o crescimento da participação de produtos industrializados na receita de vendas, que atingiu 22,3% em 2008 contra 12,3% em 2007.

No 4T08, a participação dos produtos industrializados na receita líquida foi de 30,8% contra 16,5% registrados no 3T08. A Receita Líquida no 4T08 foi de R$ 2.396,0 milhões, crescendo +119,8% se comparada ao 4T07 (R$ 1.089,9 milhões) e +57,3% quando comparada ao 3T08 (R$ 1.523,6 milhões). O Lucro Bruto no 4T08 foi de R$ 580,3 milhões (margem bruta de 24,2%), subindo +460 pontos base em relação ao 4T07 (R$ 213,7 milhões com margem de 19,6%) e +550 pontos base em relação ao 3T08 (R$ 284,9 milhões com margem de 18,7%).

Sobre o Lucro Bruto, em 2008 foram atingidos R$ 1.326,9 milhões, aumento de 99,0% se comparado aos R$ 666,8 milhões registrados em 2007. Esse crescimento em termos absolutos deveu-se ao processo de expansão causado pelas 12 aquisições realizadas em 2008.

Por conta de impactos cambiais, o 4T08 apresentou resultado líquido negativo em R$ 74,2 milhões comparado ao lucro de R$ 26,3 milhões no 4T07 e ao prejuízo de R$ 52,7 milhões no 3T08. No geral de 2008 o prejuízo líquido foi de R$ 35,5 milhões comparado ao lucro de R$ 84,9 milhões em 2007. Com sua gestão financeira conservadora, a Marfrig não se utiliza de derivativos alavancados ou de risco, sendo sua exposição limitada às necessidades operacionais.

O Diretor de Planejamento e de Relação com Investidores do Grupo Marfrig, Ricardo Florence, reitera que a organização teve uma excelente execução da estratégia montada de forma a preservar a rentabilidade no conjunto de suas unidades, principalmente pela diversificação geográfica. “Acreditamos estar estrategicamente posicionados nos setores em que atuamos para enfrentar a crise financeira por que passa a economia global, tendo construído em nossa estratégia de crescimento a flexibilidade operacional e os baixos custos operacionais necessários para adequar os resultados às expectativas de nossos acionistas e potenciais investidores”, avalia Florence.

Na esteira das aquisições em 2008, as despesas com vendas gerais e administrativas foram de R$ 573,1 milhões contra R$ 323,4 milhões em 2007.  O SG&A representou 9,3% da receita líquida em 2008, inferior em 40 pontos base se comparado aos 9,7% da receita líquida em 2007. No 4T08 as despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 213,8 milhões (ou 8,9% da receita líquida), superiores em 111,8% ao 4T07 (R$ 100,9 milhões ou 9,3% da receita líquida) e 59,9% ao 3T08 (R$ 133,7 milhões ou 8,8% da receita líquida). A empresa está focada em sua estratégia de redução de custos e despesas, principalmente pela integração das estruturas das unidades em suas cinco divisões e obtendo ganhos com as sinergias.

Desempenho Operacional – No 4T08 o Grupo Marfrig aumentou sua flexibilidade operacional com a consolidação de Moy Park na Europa e de empresas de abate e produção de industrializados de frango no Brasil, diversificando a origem de produção e mantendo as vendas por meio de seus canais de distribuição.

Com relação a bovinos, continua a estratégia adotada desde o início de 2008, que beneficia os canais de distribuição com margens sustentáveis. Houve diminuição no abate de bovinos na ordem de 19,7% no 4T08 se comparado ao 3T08, seguindo a estratégia de controle de custos e suprindo o volume necessário para atender aos canais de venda do mercado interno de Bovinos Brasil e do Food Service, por meio da compra de carcaças de terceiros.  No acumulado de 2008, nosso abate permaneceu estável se comparado com 2007.

A divisão de aves, suínos e industrializados contou pela primeira vez com um trimestre consolidado das operações na Europa e das demais unidades de frangos no Brasil, aumentando a receita da operação de frangos em 53,6% em relação ao 3T08 e a participação dos produtos industrializados, que no 4T08 passou a representar 30,8% da receita do Grupo Marfrig.

Exportações avançam – Em 2008, as exportações do grupo totalizaram R$ 2.891,0 milhões, 60,1% superior aos R$ 1.806,1 milhões exportados em 2007. As exportações representaram 46,6% da Receita Líquida se comparadas com 54,1% em 2007.  Em 2008, a União Européia foi o principal destino das exportações, respondendo por 44,7% da receita e por 29,8% do volume exportado. A Rússia vem em seguida com 15,6% de participação na receita e 18,3% no volume. O Oriente Médio foi o terceiro principal destino, respondendo por 14,8% da receita e 17% do volume exportado.

Segundo Marcos, a Governança Corporativa dada pelo Conselho de Administração gerou condições para uma boa execução da estratégia estabelecida, avançando igualmente nos aspectos de robustez e amplitude dos negócios, em que as novas aquisições deram acesso direto aos clientes na Comunidade Européia, além de uma forte operação no segmento de aves e de produtos industrializados e processados de valor adicionado. “Em 2009 o foco será a consolidação e integração de nossas operações com a mesma cultura em todas as nossas divisões operacionais (Bovinos Brasil e Food Service, Frangos, Suínos e Industrializados, Argentina, Uruguai e Europa) e também a exploração de sinergias visualizadas entre todos os negócios, sempre em concordância com valores éticos e compromissos sócio-ambientais, que sempre nortearam as ações do Grupo Marfrig”, conclui Marcos Molina.

O Grupo Marfrig é uma organização de produtos alimentícios, que opera em uma base diversificada e operacionalmente flexível com 57 plantas únicas de produtos de carne bovina, suína, ovina e aves entre a América do Sul, a América do Norte e a Europa, presentes com seus produtos em mais de 120 países. Em Março de 2009 o grupo conta com 18 plantas de abate de bovinos (9 no Brasil, 5 na Argentina e 4 no Uruguai), 30 modernas plantas de produtos industrializados e processados (12 no Brasil, 5 na Argentina, 3 no Uruguai, 1 nos Estados Unidos e 9 na Europa), 4 unidades de abate de cordeiros (1 no Brasil, 1 no Chile e 2 no Uruguai), 2 unidades de abate de suínos (Brasil), 10 unidades de abate de frangos (7 no Brasil e 3 na Europa) e 2 tradings (Chile e Reino Unido), com capacidade de abate diário de 21.100 cabeças de bovinos, 4.200 de suínos, 8.400 de ovinos, 1.726.000 frangos e 2.208 ton./dia de produtos industrializados/processados.