Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), os problemas com a Peste Suína Africana (PSA) fizeram a China perder cerca de 1,1 milhão de animais. O cenário, trouxe oportunidades aos frigoríficos brasileiros, aumentando as exportações de carne de frango para os chineses.
De acordo com o vice-presidente executivo e financeiro da GTFoods, Carlos Eduardo De Grossi, a forte procura do país asiático por produtos brasileiros trouxe viabilidade para exportar cortes de frango diferentes do que geralmente é demandado por esse mercado. “Além dos tradicionais pés de frango, ponta e meio da asa, houve uma abertura de espaço para novos cortes, como a coxa e sobrecoxa, por exemplo. Com isso, intensificamos as exportações para esse destino”, afirma.
A GTFoods trabalha com duas plantas habilitadas para realizar exportações para China: a de Paraíso do Norte e de Maringá, ambas no Paraná. Atualmente, a empresa embarca seus produtos para cerca de 100 países o correspondente a 30% de sua produção. Desse total, 15% são direcionados para a China. Para continuar atendendo a essa necessidade, o vice-presidente explica que estão constantemente investindo em melhorias e em adquirir novas habilitações.
Quanto ao aumento de produção, a empresa se prepara para dobrar a capacidade de abate na planta recém habilitada. “Foram feitos investimentos em obras que irão ser conduzidas ao decorrer desse ano, para que no início de 2021 possamos sair das atuais 110 mil aves produzidas por dia, nessa unidade, para as 220 mil aves produzidas diariamente”, destaca o vice-presidente da GTFoods.
O vice-presidente ainda ressalta a relevância de ter a abertura desse mercado. “Sem dúvida, o último ano foi muito positivo para a indústria frigorífica como um todo. Trabalhar para o mercado Chinês, em que pouquíssimas plantas são aptas, é um fator importante para qualquer empresa na nossa economia hoje”, finaliza Carlos Eduardo.