De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (26/02) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), tanto o milho quando a soja registraram altas na última semana.
Os preços de milho no mercado interno continuam em alta em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Vendedores seguem retraídos, ao passo que a demanda está ativa no físico nacional. Assim, mesmo com a trégua das chuvas no início da semana passada no Sudeste e o avanço da colheita da safra verão no Sul do País, o interesse comprador supera o do vendedor.
Especificamente no dia 19 de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa atingiu o maior valor nominal desde junho de 2016, fechando a quarta-feira a R$ 52,42/saca de 60 kg. Na sexta-feira, 21, o Indicador recuou um pouco, fechando a R$ 52,32/sc, mas acumulou alta de 0,36% frente ao dia 14.
A colheita da soja avança, ao passo que as exportações apresentam menor ritmo. Ainda assim, pesquisas do Cepea apontam que os valores domésticos do grão e dos derivados registram pequenas altas. A sustentação vem do elevado patamar do dólar, que aumenta a paridade de exportação (em Reais), apesar da pressão sobre os preços FOB portos.
No mercado internacional, as primeiras estimativas sobre a safra 2020/21 apontam recuperação da área com soja. No campo, o clima no Sul e no Centro-Oeste brasileiro permite que a colheita de soja e o semeio de milho ocorram de forma acelerada.
Em algumas regiões de Mato Grosso e de Goiás, contudo, chuvas mais intensas preocupam produtores consultados pelo Cepea que estão com as lavouras prontas para colheita. Entre 14 e 21 de fevereiro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ Paraná subiram 0,25% e 1,4%, respectivamente, fechando a R$ 88,80/sc de 60 kg e a R$ 81,64/sc.