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Mineiros: prepare-se!

<p>A cidade goiana de Mineiros está se preparando para receber o novo complexo industrial da Perdigão, que deverá processar - a partir do segundo semestre de 2006 -, 81 mil toneladas anuais de frangos, perus e Chester.</p>

Distrito industrial: no pontilhado, a área onde será construído o novo complexo da Perdigão em Mineiros (GO)

Redação AI 12/01/2004 – A Perdigão já está ampliando o seu “plantel” na região Centro Oeste. A agroindústria, que mantém uma unidade de aves e suínos desde 2001 no município de Rio Verde (GO), agora investe na construção de um novo frigorífico de aves na cidade de Mineiros, também no interior de Goiás. A nova unidade industrial será a 14a. da empresa e deverá entrar em operação no segundo semestre de 2006. “A planta de Mineiros será destinada ao abate e ao processamento de frangos, perus e Chester, contando com dois abatedouros, um incubatório uma fábrica de ração e um centro de distribuição”, revela Nelson Vas Hacklauer, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Perdigão.

Mineiros fica a 180 quilômetros de Rio Verde e foi escolhida pela companhia por estar localizada estrategicamente no centro do País e dentro de uma das mais produtivas regiões de grãos (milho e soja) do Brasil. “Em termos de custo, a produção de aves em Mineiros nos dará condição de competirmos, de forma agressiva, com o mercado internacional”, diz Nelson. Sobre a nova unidade, o diretor explica que a Perdigão já vinha estudando uma forma de ampliar a sua participação nos mercados interno e externo. “O projeto de Mineiros surgiu de um diagnóstico do mercado de perus que fizemos há algum tempo. E o resultado desse trabalho nos mostrou que havia espaço para ser trabalhado neste nicho no Brasil”.

Nelson Vas Hacklauer, diretor de Negócios e Desenvolvimento da Perdigão, aposta no potencial da região Centro Oeste para a produção de aves com custo reduzido

Para concretizar o projeto, a Perdigão está investindo R$ 564 milhões, dos quais R$ 294 milhões são de recursos e de financiamentos da própria empresa e R$ 270 milhões virão das aplicações dos produtores integrados para a construção dos 200 módulos de produção. A verba para esses produtores será liberada pelo Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), por meio do Banco do Brasil. O complexo industrial de Mineiros será instalado em uma área de 100 hectares, irá gerar dois mil empregos diretos e seis mil indiretos, com capacidade de processamento para 81 mil toneladas de carne de Chester e de peru ao ano, sendo desse total 57 mil toneladas destinadas à exportação. “Esta unidade contará com linhas de abate para oito mil frangos/hora e linhas de abate para 25 mil perus/dia”, destaca Vas Hacklauer.

Integração

O sistema de produção integrada na região Centro Oeste é relativamente novo. Diferentemente da região Sul do Brasil, onde a produção e a integração de aves e de suínos é muito comum e praticada há mais tempo, no centro do País a novidade parece estar conquistando os produtores. “A grande diferença entre estas duas regiões é que o produtor do Centro Oeste já tem uma estrutura enraizada na produção industrial de bovinos de corte e de leite”, explica Nelson. “A grande maioria destes produtores também tem tradição na produção de soja e de milho. A criação de aves e de suínos é uma atividade que está chegando praticamente agora para eles”.

De acordo com o diretor da Perdigão, o perfil do produtor do Centro Oeste também é diferente. “Na região Sul, os produtores de suínos e de aves são donos de pequenas e médias propriedades, caracterizando a produção como familiar. Já nos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os produtores que estão aderindo à avicultura e à suinocultura são grandes fazendeiros, donos de extensas áreas de cultivo de soja e de milho e de bovinos. São produtores com um perfil mais empresarial”.

Nesse sentido, o diretor da Perdigão revela que o trabalho de implantar o sistema de integração no Centro Oeste está sendo um pouco mais elaborado. “Desde a segunda metade da década de 90 que nós estamos levando a idéia e o conceito do sistema de integração para a região”, diz. “Para tanto, a Perdigão firmou parcerias com a Embrapa Suínos e Aves, com o governo e com a Universidade de Goiás, com a Universidade de Rio Verde, municípios da localidade e vários outros órgãos”.

Em Mineiros, a agroindústria tem projetos para a produção integrada de perus divididos em recria de matrizes e produção de ovos férteis. “Os produtores podem ser iniciadores ou terminadores dessas aves”, esclarece. Segundo Nelson, a produção em Mineiros deverá seguir os moldes da produção de Rio Verde, onde a Perdigão conta com cerca de 200 integrados (de aves e de suínos), e cujos aviários padrões contam com quatro galpões de 25 mil aves.

Perfil da Perdigão

Fundação: 1934
Número de funcionários: 29 mil
Número de produtores integrados pelo Brasil: 6 mil
Faturamento: R$ 4,4 bilhões
Fábricas: 13
Marcas comercializadas: 11
Linha natalina: 11 itens
Carro-chefe: Chester

Como ser um integrado da Perdigão no Centro Oeste?

Como todas as agroindústrias, a Perdigão também tem os seus pré-requisitos para os interessados em seu sistema de produção integrada. Especificamente para a região Centro Oeste, a empresa conta com uma equipe de implantação agropecuária que avalia as propriedades desses produtores para a sua inserção ao programa. Para saber mais detalhes, a Perdigão mantém um escritório de Gerência Agropecuária, em Rio Verde (GO), para atender os interessados. O telefone do escritório é o (64) 620-5000.