O gerente de Operações Estruturadas da Minerva Foods, Sérgio Del’Arco, avalia que a oferta total de animais oriundos de confinamento deve crescer este ano, na esteira dos preços remuneradores pelo boi gordo e, consequentemente, pelo aumento da tecnologia empregada na terminação dos animais.
“O preço bom estimula investimento em tecnologia e o pecuarista busca intensificar de alguma forma, ampliando o total de arrobas para o abate. Por isso, é possível um crescimento de 20% na oferta de animais terminados no semiconfinamento ou no confinamento tradicional”, disse Del’Arco, durante evento da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto (SP).
Segundo ele, muitos pecuaristas que criam animais no pasto ampliarão o confinamento nas propriedades para apressar o ganho de peso ao abate, em vez de encaminhá-los aos confinamentos tradicionais para a terminação. “Muitos deles vão comprar boi magro e o próprio pecuarista que termina no pasto com confinamento (semiconfinamento) passa a ser concorrente do confinamento tradicional”, explicou.
No entanto, o executivo da Minerva Foods considera 2015 um ano de desafio para o confinador, já que o preço do boi magro subiu muito acima do que o do boi gordo, que já registra recordes de preço em mais de 20 anos. Del’Arco estima que entre 30% a 40% de animais abatidos pela companhia passam por algum tipo de terminação intensiva, ou seja, com suplementação alimentar em um confinamento após o pasto.