Com reduções nas estimativas para soja e milho e aumento para o frango, o Ministério da Agricultura manteve em R$ 1,1 trilhão sua previsão para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do país em 2021. O montante, recorde, é 9,7% superior ao cálculo da Pasta para 2020, em valores já ajustados pela inflação.
Lavouras
Para o VBP das 21 lavouras que compõem o levantamento, a projeção passou de R$ 757 bilhões, em agosto, para R$ 749,9 bilhões, ainda 11,9% mais que em 2020 (R$ 670,3 bilhões).
No caso da soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, o montante deverá alcançar R$ 362,3 bilhões, menos que o estimado em agosto (R$ 363,5 bilhões), por causa da queda dos preços nos últimos meses, mas valor 28,5% superior ao do ano passado.
Para o milho, que teve a segunda safra na temporada 2020/21 prejudicada pelo clima, o ministério passou a projetar R$ 122,9 bilhões, ante os R$ 128,9 bilhões previsto em agosto e os R$ 115,1 bilhões de 2020.
Entre as principais lavouras cultivadas no país, também vão crescer em 2021 os VBPs da cana (4,3%, para R$ 85,4 bilhões), do arroz (3,9%, para R$ 20,5 bilhões) e do trigo (38,6%, para R$ 13 bilhões).
Em contrapartida, são esperadas quedas para algodão (0,3%, para R$ 26,3 bilhões), café (11,6%, para R$ 35,9 bilhões), banana (8,1%, para R$ 12,7 bilhões), mandioca (4,6%, para R$ 11,7 bilhões), feijão (14,7%, para R$ 13,1 bilhões), tomate (24%, para R$ 9,8 bilhões) e cacau (3,5%, para R$ 3,9 bilhões).
Pecuária
Para o conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o ministério elevou sua projeção para o VBP em 2021 de R$ 351,7 bilhões para R$ 356,5 bilhões, com incremento de 5,4% ante 2020 (R$ 338,1 bilhões).
O segmento é liderado pelos bovinos, cujo VBP deverá atingir R$ 155 bilhões este ano, 6,8% acima de 2020. Para o frango, a previsão agora é de alta de 12,5%, já que a estimativa subiu de R$ 98,8 bilhões para R$ 103,4 bilhões, e para os suínos o montante calculado foi ajustado para R$ 30,6 bilhões, em queda de 4,4%.
O ministério também projeta quedas para o leite (0,7%, para R$ 49,9 bilhões) e para os ovos (6,8%, para R$ 17,5 bilhões).