Durante o Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, na sexta-feira (06/12), em Medianeira (PR) a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, no assinou Instrução Normativa nº 63, que separou o Paraná da Zona Livre de Peste Suína Clássica (PSC) formada por outros 13 estados do sudeste, centro-oeste, incluindo alguns do nordeste e de parte do Amazonas. “O Paraná foi retirado desse grupo, porque está fazendo o dever de casa. Estivemos aqui há pouco mais de um mês formalizando a suspensão da vacinação contra a febre aftosa do rebanho bovino. Então, saindo deste bloco (da PSC) ele fica sozinho em busca do reconhecimento da OIE, no caso da condição de área livre de aftosa sem vacinação. Assim que tivermos isso, o estado vai ter todos os benefícios provenientes desse status”, enfatizou.
Tereza Cristina citou, entre os benefícios que virão em decorrência da comprovação de sua condição sanitária, a exportação para muitos países, não só de carne suína, mas de bovina também. “Por exemplo, o Japão diz que vai importar, mas não importa, porque quer comprar de estados que também estejam livres de aftosa sem vacinação. Isso dá um ‘upgrade’ ao estado do Paraná, que tem feito o dever de casa e que o Ministério da Agricultura tem apoiado”, acrescentou.
A medida foi considerada pelo presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Martins, uma grande conquista do estado na questão de sanidade, resultado de intensa mobilização de lideranças, através da Ocepar, da Faep, Fetaep. “Novamente, o agronegócio se mobilizou, conversou com a ministra Tereza Cristina que, hoje assinou a instrução que desmembrou o Paraná do bloco dos outros estados e, com isso, se houver algum foco da doença em outros estados do bloco, não seremos afetados no acesso ao mercado externo”, acrescentou.
Martins enfatizou ainda que o momento já é favorável para a expansão da suinocultura, mas, com o reconhecimento da OIE, “possivelmente vamos conquistar a condição de sermos o principal estado na questão de suinocultura no Brasil. Caminhamos para isso, considerando ainda os grandes investimentos que as cooperativas e as agroindústrias estão fazendo. Então, realmente é um feito histórico que representa um passo muito importante que o Paraná vai dar em relação à questão da suinocultura”.