A americana Mosaic, uma das maiores produtoras de fertilizantes fosfatados e potássicos do mundo, registrou lucro líquido de US$ 47 milhões no segundo trimestre de 2020 ante prejuízo líquido de US$ 233 milhões no mesmo período do ano passado.
No segundo trimestre de 2019, a empresa havia amargado perdas de US$ 284 milhões decorrentes do fechamento permanente da fábrica de fosfato Plant City, na Flórida.
De abril a junho, a receita com vendas aumentou 16%, para US$ 2 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de US$ 383 milhões, alta de 6,4%.
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O lucro bruto da companhia cresceu 13% na mesma comparação, para US$ 257 milhões. Segundo a empresa, a otimização dos custos de produção e as vendas mais robustas do trimestre tenham foram ofuscadas, em parte, pelos preços mais baixos dos produtos acabados.
“Os resultados da Mosaic neste trimestre refletem o ritmo acelerado da transformação de sua estrutura de custos, a excelente operação da cadeia de produção e suprimentos e o fortalecimento dos mercados”, disse Joc O’Rourke, presidente e CEO da Mosaic.
Sobre a pandemia, a empresa considerou que sua resposta foi “eficaz na limitação de impactos nas instalações operacionais, no que tange os funcionários e na cadeia de suprimentos e logística”.
O caixa da empresa encerrou o trimestre fortalecido. Em 30 de junho, a Mosaic tinha US$ 1,1 bilhão disponível. Em julho, a empresa também aumentou uma linha de crédito rotativo, de US$ 2 bilhões para US$ 2,2 bilhões, estendendo vencimentos de dívida em um ano, para 18 de novembro de 2022. A liquidez passou a ser superior a US$ 3 bilhões.
Resultados no Brasil e Paraguai
A Mosaic Fertilizantes, que opera no Brasil e Paraguai, teve seu melhor segundo semestre em volume de vendas de fertilizantes, que chegaram a 2,6 milhões de toneladas comercializadas, dada a antecipação de compras para a safra de verão. Apesar disso, em termos financeiros, a receita caiu 5,5%, para US$ 787 milhões.
A empresa destacou o benefício gerado pela redução de custos na operação de US$ 42 milhões até o momento, ante uma meta que era de US$ 50 milhões para o ano, e que deve ser superada. Explicou, porém, que um impacto da redução de custos no resultado da Mosaic Fertilizantes não foi sentido porque o preço do fosfato monoamônico vendido ao consumidor final caiu 12,5% na comparação trimestral, o monoamônico vendido ao consumidor final caiu 12,5% na comparação trimestral, para US$ 308 por tonelada.
Apesar disso, o custo de conversão de uma tonelada de rocha fosfática em fertilizante pela empresa passou de R$ 336 no segundo trimestre de 2019 para R$ 314 no segundo trimestre deste ano, o que foi considerado positivo. No caso da rocha potássica, foi de R$ 379 por tonelada para R$ 265 por tonelada, ganho também tido como expressivo.
