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Economia

Na Bahia, abate de frango tem aumento recorde e sexto crescimento consecutivo

Segundo IBGE, mais de 127 milhões de frangos foram abatidos no estado da Bahia em 2020<br /><br />

Na Bahia, abate de frango tem aumento recorde e sexto crescimento consecutivo

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um aumento recorde no abate de frango na Bahia em 2020. Os números apontam um crescimento de 6,6% em relação a 2019, o sexto aumento consecutivo em todo o estado.

A indústria já apontava um crescimento, divulgado em levantamento trimestral revelado em dezembro do ano passado. Mais de 127 milhões de frangos foram abatidos somente em 2020.

No entendimento do supervisor de pesquisas agropecuárias do IBGE, Augusto Barreto, uma das maiores razões é a substituição da carne suína pelo frango, causada pela alta nos preços e aumento do dólar.

“Muito explicado pela substituição do consumo da carne suína, que ficou [com o preço] mais alto. Como são os commodities que têm grande demanda no mercado exterior, então o preço do dólar acabou influenciando. Então o frango acabou sendo uma proteína mais acessível ao consumidor. Essa demanda no mercado interno acabou aquecendo e favorecendo esse abate aqui no estado”, disse.

Queda em frigoríficos

 
Na contramão dos números indicados pelo IBGE, alguns frigoríficos em Feira de Santana registraram queda na produção. O abate de frango chegou a cair entre 15% e 20% comparando no ano passado a 2019 e uma das razões é a incerteza da demanda em meio à pandemia.

Ronaldo Gama, gerente comercial de um frigorífico na cidade explicou as razões que fizeram a indústria recuar.
“Como as importações aumentaram muito em 2020, nossa gestão estratégica recuou. Saímos de um abate médio/dia de 55 mil para 48 mil por conta desse cenário. Grãos aumentaram muito e a gente teve que passar também esse custo para o consumidor em 2020”, disse.

Alta no preço dos insumos
 
Embora a produção no estado tenha aumentado em 2020, a produção esbarra em uma dificuldade: o aumento do preço do milho e da soja usados no alimento das aves. Ainda segundo a diretora Patrícia, os custos foram ampliados na pandemia e acarretou também o valor dos insumos.

“Apesar do custo de produção ter aumentado em função da pandemia, tivemos aumento no [preço do] milho, da soja, queda de safra no sul. Então isso também acaba acarretando aumento no valor dos insumos. Mas a gente conseguiu manter a produção considerando como essencial durante a pandemia. E o que fez com que a gente crescesse bastante foi o consumo”, explicou Patrícia.