Em novos reajustes nesta semana, os preços do suíno vivo subiram até 30 centavos nos estados do Sul e chegaram a R$ 6,13 o quilo no mercado independente paulista, conforme a última definição das Bolsas de Suínos. Nos estados de Minas Gerais e Goiás, os preços atingiram os R$ 6,00 na quinta-feira passada. Veja as cotações aqui.
O avanço da especulação, devido à alta da arroba do boi atualmente a R$ 230, tem influenciado nas novas cotações pelo interior paulista, de acordo com a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS).
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Na opinião de Waldomiro Ferreira Júnior, presidente da entidade, apesar das altas na arroba suína, o produtor mantém a mesma rentabilidade, em virtude do aumento do preço do milho, do farelo de soja e ainda pelo câmbio. Isso porque inúmeros produtos para alimentação estão dolarizados e são componentes fundamentas na dieta do suíno.
“O mercado segue com tendência altista, e o limite será o comportamento do consumidor diante da evolução dos preços, em especial a carne bovina. Nesse caso, pode ocorrer uma mudança por parte do brasileiro em migrar para a carne suína”, salienta.
AVANÇO DE PREÇOS NO SUL
Em apenas uma semana os preços do quilo do suíno vivo avançaram 30 centavos nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. De acordo Acsurs, animal vivo agora é cotado a R$ 5,44. Antes, o quilo custava R$ 5,14. A valorização no período foi de 5,84%, conforme a entidade regional.
O Paraná agora tem o maior preço pago pelo quilo do suíno vivo na região. Conforme a Associação Paranaense dos Suinocultores (APS), o quilo do animal vivo custa R$ 5,60. É um avanço de 5,66% sobre os R$ 5,30 da semana anterior.
Em Santa Catarina, principal produtor e exportador do país, o valor do animal vivo está em R$ 5,42. O preço representa uma valorização de 4,23%, uma vez que era R$ 5,20 na semana passada.