Sempre que nos deparamos com dados referentes à expressividade da avicultura brasileira, correlacionamos esses resultados a avanços relativos à nutrição, ambiência, genética ou a tecnologias empregadas no processo produtivo. O grande erro está em esquecer o quanto o avicultor brasileiro evoluiu para sustentar o avanço tecnológico e produtivo.
Se pensarmos bem, o perfil do avicultor moderno mudou drasticamente, exigindo que ele seja “multifuncional”, portador de uma visão global de toda cadeia produtiva. A avicultura é uma atividade que exige dedicação sete dias por semana, não bastando essa atenção, exige que o produtor acompanhe vários outros aspectos que impactam fortemente sua atividade.
O avicultor moderno é conhecedor de genética, pois sabe escolher a linhagem que melhor se adequa à sua realidade; é um profissional que busca constantemente inovações nutricionais, pois compreende que é na alimentação dos animais que está uma das principais ferramentas para obtenção de elevados índices produtivos e redução de custos. Dessa forma, o avicultor tem conhecimento do gerenciamento de matérias-primas e estoques de sua fábrica, bem como logística que tem forte impacto sobre a atividade.
A constante mudança do mercado consumidor faz com que ele esteja cada vez mais familiarizado com iniciativas de marketing e entendimento de mercado, itens necessários para que se aproxime do consumidor, tendo também em suas mãos ferramentas de gerenciamento econômico e zootécnico que permitem a tomada de decisões mais assertivas, em conformidade com sua realidade.
Dessa forma, percebe-se que os graus produtivos e tecnológicos inerentes à avicultura brasileira, foram obtidos por investimento em tecnologia e inovação, mas, principalmente, pela evolução constante do produtor, comprometido com a busca de conhecimento relacionados a todos os aspectos relevantes da atividade avícola, possibilitando que os avanços tecnológicos alcancem todo o seu potencial.