Com mais de 80% dos votos, os acionistas da BRF aprovaram hoje (17/1) a realização do follow-on, disseram duas fontes. A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da manhã desta segunda-feira, que teve quórum de 84,45% dos acionistas, transcorreu de forma tranquila. Instalada por volta das 11h10, a votação dos seis itens da pauta já estava concluída às 11h55, de acordo com as fontes.
Desconsiderando as abstenções, a taxa de aprovação dos presentes ficou em 89%, o que indica a aposta dos acionistas no aumento de capital, que pode trazer R$ 7,9 bilhões ao caixa da BRF a preços de hoje.
Entre os principais acionistas, o fundo de pensão Petros foi o único a votar contra.
A fundação dos funcionários da Petrobras foi representada na assembleia por Marcelo Trindade, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), disse outra fonte.
A Previ, outro fundo de pensão relevante na composição do capital da BRF, se absteve, assim como o banco J.P. Morgan. Na votação, o único membro da família Fontana – dos fundadores da Sadia – a declarar oposição à proposta foi Alex Renato de Maura Fontana.
A Marfrig, tida como uma das principais interessadas – com o follow-on, a companhia pode até aumentar sua posição sem disparar a poison pill – também se manifestou ao final da assembleia, disse uma fonte. Heraldo Geres, que comanda a área jurídica da Marfrig, frisou que a proposta seria aprovada mesmo sem o voto favorável da companhia de Marcos Molina.
Na B3, as ações da BRF caem 3,17% nesta segunda-feira, cotadas a R$ 23,54. A companhia vale R$ 19,1 bilhões na bolsa. O Ibovespa cai 0,43%.