Por Caroline Mendes
A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) mudou repentinamente o cenário mundial. Nas granjas, a biosseguridade que sempre foi fator primordial ganhou mais destaque neste período. “Como sempre, é importante lembrar que evitar visitas de pessoas às granjas é uma importante recomendação, não apenas para proteger os animais, mas – nesses tempos de Covid-19, – a medida protege também os trabalhadores”, explica Luizinho Caron, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves.
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Caron explica que a preocupação de avicultores e suinocultores deve ser com a biosseguridade da granja e com a sua saúde, bem como a saúde de seus funcionários. O pesquisador ressalta que a Covid-19 é uma doença possivelmente proveniente de animais selvagens (morcegos) e, a partir destes, pode ter sido transmitida para animais domésticos ou sinantrópicos (principalmente roedores) antes de ter chegado ao homem. “Portanto, esta é uma época importante para refletirmos sobre como podemos pensar no futuro de forma a prevenir novas doenças que possam entrar em nossos rebanhos e dessa forma ter uma produção de alimentos cada vez mais segura e eficiente”.
Para o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, essa é uma época propícia para revisar os protocolos de biosseguridade das granjas, avaliando como estes estão sendo aplicados e como podem ser melhorados, bem como, das estruturas físicas de biosseguridade, como as cercas, portões, banheiros, chuveiros, roupas da granja, telas e algo de muita importância, não apenas pelo potencial de trazer e disseminar doenças na granja como também pelo prejuízo, que são as pragas. As armadilhas de roedores devem ser revisadas periodicamente, tanto se estão com iscas ou se estas iscas estão em boas condições. Também, efetuar um eficaz controle de moscas e a infestação de insetos.
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