Os agricultores do Paraná estão com a maior safra de soja da histórica engatilhada no campo. Com o início da colheita, que já ultrapassa os 6% da área cultivada no estado, em todas as regiões visitadas pela Expedição Safra na semana passada, a sensação é de otimismo. Se o clima correr bem nos 5,2 milhões de hectares paranaenses dedicados à oleaginosa até o fim da colheita, no início de abril, esta deverá ser a primeira vez que o estado vai colher mais de 18 milhões de toneladas do produto. A última vez que houve recorde de produção do grão no Paraná foi no ciclo 2014/15, quando foram colhidas cerca de 17 milhões de toneladas.
Pela média climática do que tem ocorrido até agora, os produtores não acreditam em problemas. A imensa maioria dos agricultores e técnicos ouvidos pela reportagem falam em um “ano perfeito”, com chuvas no tempo certo e poucos sustos com períodos de estiagens prolongadas. “Se fosse pedido, as coisas não teriam sido tão boas como foram aqui para nós nesse ciclo”, diz o engenheiro agrônomo Reinaldo de Oliveira Azevedo, da cooperativa Primato, com sede em Toledo, Oeste do Paraná.
Nessa região são esperadas cerca de 66 sacas (sc) por hectare (ha) de média geral, o que deve resultar em 3,8 milhões de toneladas de soja – 6% a mais do que no ano passado. “Nós trabalhamos com a projeção de que as lavouras que ainda exigem mais algumas semanas para completarem o ciclo continuarão com o clima que vem se apresentando até agora, de chuvas intercaladas com períodos de sol, o que é excelente também para quem já implantou a nova safra”, prevê.