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Tecnologia

Paraná estuda criar centro de inteligência artificial em Agro

A estrutura pretende reunir e estimular parcerias entre pesquisadores, startups e empreendedores relacionados ao agronegócio gerando novas tecnologias e produtos.

Paraná estuda criar centro de inteligência artificial em Agro

Representantes de Instituições de Ensino Superior, de pesquisa, entidades civis e empresas relacionadas à área do agronegócio participaram de reunião terça-feira (26) para debater a estruturação do Centro de Inteligência Artificial em Agro, que deverá ser viabilizado por meio de parceria entre a área pública e privada.

O encontro foi virtual e reuniu mais de 70 pessoas, entre elas o superintendente-geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Aldo Bona; o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig; o ex-reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, representando o Biopark Academic Ventures; a chefe da Regional da Casa Civil Londrina, Sandra Moya; e o reitor da UEL, Sérgio Carvalho.

Foram apresentadas as oportunidades da região Norte a partir da estruturação de um Centro de Inteligência Artificial em Agro. A proposta reúne diversas entidades de Londrina e prevê a estruturação do Centro de Inteligência no prédio onde funciona atualmente o Laboratório de Medicamentos (LM) da UEL, na Avenida Tiradentes (zona oeste).

A estrutura pretende reunir e estimular parcerias entre pesquisadores, startups e empreendedores relacionados ao agronegócio gerando novas tecnologias e produtos.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações vai criar oito centros de pesquisa em inteligência artificial em todo o país, sendo quatro no estado de São Paulo e o restante espalhado pelo país.

A proposta é atrair um destes centros para Londrina, aproveitando a vocação local na área de pesquisa em Agronegócio e o ambiente acadêmico proporcionado pela presença da UEL e de várias Instituições de Ensino Superior e de pesquisa para que o investimento seja feito na cidade.

Segundo o reitor da UEL, o debate acontece exatamente no momento em que várias universidades públicas buscam maior aproximação com a iniciativa privada, visando estimular a inovação.

O superintendente da Seti, Aldo Bona, afirmou que a proposta defendida por várias entidades de Londrina vem ao encontro com a estratégia de desenvolvimento defendida pelo Governo do Paraná, que busca ampliar oportunidades a partir de novas tecnologias, modernizando a economia do Estado.

Para o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, Londrina tem hoje expertise reconhecida nos seus sistemas de inovação, incluindo a área do agronegócio. Ele disse que este ambiente pode encontrar amparo no sistema de Ensino Superior do Paraná, que concentra mais de 20 mil doutores em várias áreas do conhecimento, ativo comparado a São Paulo, considerando a relação de doutores por 100 mil habitantes.

EDITAL

As entidades interessadas trabalham agora para escrever o projeto e participar de edital do Governo Federal, envolvendo a iniciativa privada. Participaram do encontro virtual nesta terça-feira representantes da Escola Superior de Agronomia Luís de Queiroz (Esalq/USP), Fatec, Unioeste, Cooperativas Agrárias, da Embrapa Soja, de Sindicatos Rurais, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), APL TI Londrina, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), de empresas reconhecidas no setor do agro como o grupo Jacto, Adama, New Holland, John Deere, Bayer e Velbrax Agro.