Criadores da avicultura familiar de 47 associações e duas cooperativas paraibanas serão beneficiados com dois novos abatedouros de aves caipiras no Estado. O primeiro desses equipamentos será entregue nesta terça-feira (11), na cidade de Monteiro, no Cariri. Já a inauguração da outra unidade, no município de São Sebastião de Lagoa de Roça, no Agreste, acontece no próximo dia 28. Os abatedouros irão fortalecer a avicultura alternativa de corte e postura (produção de ovos) no Estado, otimizando a produção e garantindo rentabilidade, competitividade e salubridade aos avicultores.
A previsão inicial é que os empreendimentos realizem o abate e beneficiamento de 2.000 aves/dia (5.000 kg). A meta é atingir a marca de 6.000 aves/dia (15.000 kg), fortalecendo o comércio do produto avícola no Estado. Em Monteiro, o abatedouro vai atender produtores de cidades como Zabelê, Prata, Ouro Velho, Serra Branca, Sumé e São Sebastião do Umbuzeiro.
A Paraíba conta hoje com 47 associações de avicultores alternativos e duas cooperativas. O plantel de cerca de 200 mil cabeças de frango está distribuído em 104 municípios. De acordo com o especialista em Avicultura Alternativa da Empresa de Assistência e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB), Vicente de Assis Ferreira, a produção paraibana de frango de corte e postura com origem na agricultura familiar coloca o Estado entre os principais produtores do Nordeste. As regiões do Agreste da Borborema e do Cariri são as áreas que mais produzem na Paraíba.
A analista técnica do Sebrae em Campina Grande e gestora do Programa Território da Cidadania Borborema, Andréa Menezes Sousa, acredita que a produção de frangos e galinhas caipiras na Paraíba é um projeto de inclusão produtiva e social viável. “A avicultura alternativa é uma experiência que tem melhorado a qualidade de vida de moradores de comunidades rurais no Estado com a geração de oportunidades de trabalho e renda”, argumenta.
Segundo Andréa Menezes, a estrutura de apoio dada pelo Sebrae tem possibilitado o desenvolvimento da agricultura familiar no Estado. “São formações e orientações técnicas e gerenciais a produtores e interessados na criação de frangos e galinhas que se revelam cruciais para a sustentabilidade da atividade na Paraíba”, destaca.