Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Pequenas agroindústrias crescem

No Vale do Rio Pardo/RS, número de empreendimentos aumentou cerca de 20% nos últimos cinco anos.

Da Redação 12/08/2004 – 06h00 – O número de pequenas indústrias que beneficiam produtos agropecuários cresceu cerca de 10% nos últimos cinco anos no Estado. Em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, houve aumento de 20% no período.

Segundo a Emater, com Estrela, Venâncio Aires e Lajeado, esse número representa um dos maiores incrementos registrados no Rio Grande do Sul. Passo Fundo e Erechim, no norte, e Agudo, na região central, também tiveram crescimento acima da média.

O coordenador estadual do Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Agroindústria da Emater, Osvaldo Brunetto, diz que o crescimento do setor se concentra nas regiões coloniais e não se traduz apenas na quantidade de empresas. Desde 2002, cerca de 230 pequenas indústrias foram criadas no Estado. Mas também houve aumento da competitividade.

Até novembro, a Emater pretende começar a cadastrar os trabalhadores da agroindústria gaúcha e traçar um perfil. O objetivo é estudar estratégias para garantir maior investimento governamental.

Temos mais de seis centros de treinamento. Estamos firmando parcerias com universidades e entidades que auxiliam tecnicamente os produtores para garantir a qualidade e também abrindo mais espaços de venda”, diz Brunetto.

Em Santa Cruz do Sul, 15 empresas familiares sobrevivem no Interior em meio ao mercado milionário das fumageiras. Há cinco anos, eram menos de seis. Hoje metade delas se dedica à produção de conservas de pepino, couve-flor, cebola e outros produtos. As demais produzem melado, rapaduras, carnes e embutidos.

De acordo com o chefe da Emater do município, Vicente Puntel, a profissionalização das pequenas indústrias, seguindo o molde das grandes, a escolha de nichos específicos no mercado, consumidores próximos e orientações técnicas impulsionaram o setor.

Ainda temos de vencer dificuldades financeiras e formar uma cooperativa para aglutinar os produtores. O principal desafio é mudar o pensamento corrente de que as cooperativas não dão certo na região”, afirma.