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Perdigão diz que não há negociações com a Sadia neste momento

Apesar das declarações, segundo fonte de mercado, o valor da transação é o único detalhe que impede a compra da Sadia pela Perdigão.

Redação (24/03/2009)- O presidente da Perdigão, José Antonio Fay, afirmou ontem, durante coletiva de imprensa, que neste momento a direção da empresa não está negociando qualquer tipo de associação com a Sadia.

“Não há negociações neste momento”, garantiu ele. “A Perdigão é uma empresa muito transparente e eu garanto que o que foi escrito no comunicado ao mercado (arquivado na semana passada na Comissão de Valores Mobiliários) é verdade.”

No comunicado encaminhado no final da noite da última segunda-feira à autarquia, a Perdigão informou que, “embora tenham se desenvolvido discussões preliminares para uma eventual associação” entre a companhia e a Sadia, “as partes não chegaram a qualquer entendimento sobre a matéria”.

Posicionamento

“Desta forma, não há, nesta data, qualquer negociação em curso”, informou a Perdigão no documento de apenas um parágrafo. E, segundo afirmou Fay ontem, o posicionamento da empresa continua exatamente o mesmo.

Questionado sobre a possibilidade de existência de algum tipo de pressão para que a companhia feche algum tipo de associação com a Sadia, Fay afirmou que a empresa “não tem qualquer tipo de pressão para nada”, nem mesmo por parte de seus acionistas. A Perdigão tem como principais acionistas os fundos Previ e Petros.

Fay também desconversou sobre negociações que estariam ocorrendo entre a Perdigão e outras empresas do setor, como a Aurora, conforme também já chegou a ser especulado pelo mercado. “Em geral, este é um ano muito difícil para se tomar qualquer tipo de decisão”, disse.

Outra versão
Apesar dessas declarações, segundo uma fonte do mercado, o valor da transação é o único detalhe que impede a compra da Sadia pela Perdigão. O negócio só não foi concretizado ainda porque Sadia e Perdigão discutem dois valores, sendo um com a presença das famílias Furlan e Fontana no processo de tomada de decisões e outro sem a participação delas.

Para que as famílias aceitem o negócio e saiam do processo de tomada de decisão da empresa, explica a fonte, o preço que tem sido pedido é de R$ 6,00 por ação. Por R$ 4,00, no entanto, a Sadia seria vendida também à Perdigão, mas as famílias que controlam a empresa fariam parte da administração do grupo.

Em seu favor, a Sadia tem a credibilidade construída, presença em importantes mercados importadores e, principalmente, o interesse de investidores e outras empresas, entre elas a americana Tyson Foods. “A Sadia não tem problemas em arrumar um comprador. Ela quer, agora, encontrar o melhor negócio”, disse a fonte.