Da Redação 15/12/2004 – O desempenho das vendas de produtos de fim de ano da Perdigão está superando as expectativas da empresa. Até segunda-feira, as vendas de itens, como chester e peru, estavam 19% acima das registradas em igual período da campanha de Natal em 2003, segundo o presidente da Perdigão, Nildemar Secches. Para ele, esse desempenho está relacionado à maior confiança por parte do varejo e dos consumidores. Secches avalia que a antecipação das compras é um termômetro de que a situação econômica do país melhorou, mas que tem mais relação com o ânimo do consumidor do que com o aumento da renda propriamente.
O presidente da Perdigão avalia que este ano deve ser “de prateleiras vazias”, isto é, a empresa não terá sobra de produtos em seus estoques de passagem. Em 2003, a sobra foi de 5%, de acordo com João Rozário da Silva, vice-presidente comercial da empresa.
Mas Secches não acredita que o ritmo de aumento visto até agora irá se manter até o fim do ano. “Não vai ser de 19%. Nem temos produto para isso”, comentou. A estimativa da Perdigão é de um crescimento de 6% nas vendas de chester. A empresa não divulga como foram as vendas do fim de 2003, mas informa que deverá comercializar 6 milhões de unidades de aves, entre chester e peru.
A Perdigão também espera um bom desempenho nas vendas para o mercado doméstico em 2005, que devem crescer 9%. Este ano deve fechar com alta de 5% a 6%.
O crescimento será maior, disse o vice-presidente de finanças da Perdigão, Wang Wei Chang, porque deve haver uma melhora na renda da população, reflexo do aumento do PIB este ano, estimado em 5%. Além disso, a expectativa é de inflação menor em 2005. Wang também aposta na maior venda de bens de consumo não-duráveis, após um ano em que as vendas de bens duráveis cresceram bastante.
Os investimentos da Perdigão previstos para 2005 ( R$ 150 milhões) também priorizam o mercado interno. Do total, R$ 30 milhões serão destinados à nova unidade em Mineiros (GO), que vai produzir perus e chester para o mercado interno. Também haverá ampliação de linhas de produção voltadas para o mercado interno.
A Perdigão, que completa 10 anos de administração profissionalizada, cresceu, em média, 14% ao ano nesse período, segundo Secches.