Os preços mundiais dos alimentos subiram em setembro, após uma forte queda em agosto, permanecendo muito menores do que um ano atrás, mas mostrando sinais de estabilização, disse a agência alimentar da Organização das Nações Unidas na última quinta-feira (08/10).
O índice da Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que mede as mudanças mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, alcançou a média de 156,3 pontos em setembro, um ponto acima de agosto.
O índice caiu na maioria dos últimos 18 meses, em parte graças ao aumento da oferta mundial de alimentos, e ainda está pairando perto da maior baixa em quase seis anos, em agosto.
Os preços em setembro ficaram 18,9% abaixo de um ano atrás, mas os valores sólidos da energia e um dólar mais forte poderiam sustentar os preços futuros, disse o economista sênior da FAO Abdolreza Abbassian.
“Parece que o chamado superciclo terminou claramente e nós estamos em uma situação mais normal”, disse Abbassian, embora padrões climáticos como o El Niño possam criar picos de preços.
A ascensão de setembro foi liderada pela alta dos preços do açúcar e produtos lácteos, que subiram 3,2% e 5%, respectivamente. Outras commodities se mantiveram próximas ou abaixo dos níveis de agosto.