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Pif Paf quer ampliar número de produtores integrados

<p>Empresa preferiu investir na ampliação de unidades já existentes no estado.</p>

 Redação SI 18/01/2005Belo Horizonte, 17 – A Pif Paf Alimentos decidiu paralisar o projeto de instalação de uma segunda unidade industrial de aves em Minas Gerais e preferiu investir na ampliação de unidades já existentes no Estado. De acordo com o diretor-superintendente da empresa, Luiz Carlos Mendes Costa, a meta é ampliar de 20% para 80% a participação de produtores integrados no fornecimento de suínos prontos para abate e também no aumento da produção de industrializados.

“No início do atual governo, firmamos um protocolo de intenções para a instalação de uma segunda unidade de aves, que se tornou muito complexa”, informou. De acordo com ele, a capacidade instalada para a fabricação de pratos prontos está praticamente tomada.

Em Patrocínio, região do Alto Paranaíba estão sendo concluídas as inversões de R$ 15 milhões para duplicar a capacidade de abate de suínos das atuais 1,2 mil cabeças para 2,4 mil cabeças/dia. O grande desafio da Pif Paf este ano será o de viabilizar linhas de financiamento para atrair produtores integrados.

O projeto de ampliação do fornecimento por integrados deverá ser concluído dentro de cinco anos. Para tanto, a empresa teria que viabilizar de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões em crédito para os produtores. De acordo com o executivo, a terceirização dessa fase da produção seria feita de duas formas: parte dos integrados seria responsável pela criação de leitões e outros produtores ficariam encarregados de terminar o animal até que fique pronto para o abate.

Luiz Carlos Mendes Costa não soube informar o número de novos produtores necessários para ampliar a oferta e nem mesmo a economia de custos com as novas operações. Segundo ele, para atingir este patamar, a empresa teria que ampliar o plantel de suínos em mais 21 mil matrizes.

Antes do aumento da oferta de suínos a Pif Paf está investindo R$ 6 milhões na melhoria da unidade de produção da linha de elaborados para atender também a demanda crescente pela carne suína processada. Parte do aumento do consumo o diretor superintendente atribui à campanha da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) para incentivar o consumo. Atualmente a capacidade de produção de industrializados gira em torno de 2,5 mil toneladas/mês, ou o equivalente a 30 mil toneladas/ano.

Já no primeiro semestre a duplicação do abate de suínos permitirá que o volume de industrializados, incluindo cortes e pratos prontos, cresça 1 mil toneladas/mês, atingindo um total de 3,5 mil toneladas/mês ou 42 mil toneladas/ano.

Os contratos de fornecimento com integrados vão vigorar pelo mesmo prazo de duração dos financiamentos. Caberá à Pif Paf a oferta de matrizes e rações. O diretor-superintendente informa que o governo mineiro, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), já possui linhas de crédito específicas para esta área. Luiz Carlos Mendes Costa só lamentou que o aumento da capacidade de abate ainda não signifique a ampliação das exportações da empresa, principalmente para a Rússia.

De acordo com ele, ainda há restrições impostas por aquele país na compra de produtos de alguns Estados brasileiros. A Pif Paf faturou em 2004 R$ 480 milhões e espera atingir um crescimento este ano entre 10% a 12% para até R$ 540 milhões. As exportações representam atualmente 30% do total produzido, incluindo principalmente cortes de suínos sem carcaça.