Com o objetivo de diminuir a emissão de carbono na produção agropecuária para entrar em consonância com a tendência mundial de conservação do meio ambiente, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo lançou o Plano Estadual de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas Para a Consolidação de Uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC-SP).
O Plano prevê uma série de ações para adaptar o setor agropecuário às mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa. Em São Paulo, ele será executado pela Secretaria de Agricultura, em parceria com outras cinco secretarias paulistas, entidades de representação e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O Plano ABC-SP chega como o momento definitivo de produzir ao mesmo tempo em que se conserva os recursos naturais, uma mudança de mentalidade necessária em tempos de aquecimento global e aumento mundial do consumo de alimentos.
A união em nome de uma produção sustentável foi destacada por Arnaldo Jardim, para quem “este compromisso que estamos celebrando é para valer. Ele se desdobrará em várias iniciativas para as quais o governo de Geraldo Alckmin, por meio da nossa Secretaria, já oferece as ferramentas necessárias”.
om elas, o homem do campo poderá executar as ações do Plano como recuperação de áreas degradadas por erosões, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), nascentes e matas ciliares, plantio direto na palha, floresta, sementes e mudas, pecuária de leite e desenvolvimento regional sustentável. Estimativa do secretário-executivo do Feap, Fernando Aluizio Pontes de Oliveira Penteado, aponta que estão disponíveis R$ 20 milhões para os agropecuaristas.
A fase estadual prevê o aumento de Sistemas de Plantio Direto e de Cultivo Reduzido em 1 milhão de hectares, estimando uma redução de 2,25 milhões de toneladas de CO2 equivalente; aumento de áreas com FBN em 800 mil hectares, estimando uma redução de 1,45 milhões de toneladas de CO2 equivalente; incremento na área de florestas plantadas da ordem de 50 mil hectares por ano, totalizando até 2020, 200 mil hectares; aumentar áreas com ILPF em 200 mil hectares, estimando uma redução de 1 milhão de toneladas de CO2 equivalente; e recuperar 6,1 milhões de hectares de pastagens degradadas ou em início de degradação.
A construção do Plano ABC em São Paulo foi capitaneada pela Secretaria de Agricultura em parceria com as secretarias estaduais do Meio Ambiente; de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH); de Energia e Mineração (SEM); da Justiça e da Defesa da Cidadania (SJDC); e de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI).
Também participaram Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste, Embrapa Meio Ambiente, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (Fetaesp), Observatório do ABC- Fundação Getúlio Vargas (FGV), Banco do Brasil (BB), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).