De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (29/11) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o poder de compra de avicultores frente aos principais insumos utilizados na atividade, milho e farelo de soja, diminuiu de outubro para novembro.
Segundo pesquisadores esse cenário está atrelado à queda nos preços do frango vivo e às altas nas cotações desses insumos. Com isso, o produtor já acumula sete meses consecutivos de redução no poder de compra frente ao farelo e três meses em relação ao milho. Nesse cenário, novembro registra o momento mais desfavorável ao avicultor – tanto frente ao derivado da oleaginosa quanto frente ao cereal – desde fevereiro de 2019.
Parte dos agentes consultados pelo Cepea espera que o avicultor recupere, aos poucos, o poder de compra nos próximos meses, fundamentados em um possível movimento de alta dos preços da carne de frango no mercado atacadista e, consequentemente, do animal vivo.
Neste caso, os patamares recordes das cotações das principais carnes concorrentes, bovina e suína, podem motivar um aquecimento na demanda pela proteína de frango, que tem preço mais competitivo. De outubro para novembro (até o dia 28), o frango vivo negociado na Grande São Paulo se desvalorizou 1,7%, para a média de R$ 3,21/kg neste mês, a menor desde março/19, em termos nominais. Segundo colaboradores do Cepea, o movimento de baixa está atrelado à maior oferta de animais prontos para abate em algumas localidades