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Varejo

Preço da carne suína no supermercado fica inferior à inflação em 12 meses

Redução dos preços da carne suína foi de 2,39%. APAS ressalta que, para manter os preços abaixo da inflação, foi necessário intensificar as negociações com a indústria ao longo do ano

Preço da carne suína no supermercado fica inferior à inflação em 12 meses

Ao longo dos últimos 12 meses, os preços das carnes apresentaram alta de 1,61%, contra 6,43% da inflação registrada nos supermercados por meio do IPS (Índice de Preços dos Supermercados APAS/FIPE). O resultado está relacionado à desaceleração e à queda de preços nas carnes bovina e suína.

Em 2016, os preços do grupo das Carnes, Leite e Cereais (Semielaborados) registraram alta de 6%, percentual abaixo do Índice Geral do IPS que foi de 7,93%. Houve desaceleração dos preços das Carnes Bovinas (0,07%) e redução dos preços da Carne Suína (-2,39%). 

Para a APAS, mesmo a carne sendo item de necessidade básica, a instabilidade econômica contribuiu para a queda na compra do item, reforçando a lei da oferta e procura. “As carnes têm registrado um comportamento de preços mais moderado, principalmente pela redução na demanda, diante de um cenário econômico ruim, que impacta no emprego e na renda da população”, explica Rodrigo Mariano, gerente de Economia e Pesquisa da APAS.

Aliado a isto, e de maneira a garantir o abastecimento aos clientes, os supermercadistas tendem a negociar ainda mais com os fornecedores da indústria de carnes no País para que qualquer repasse de preços seja minimizado, a fim de não onerar o consumidor final.

A APAS explica que a cadeia produtiva da carne, que se inicia pelos produtores, passando por frigoríficos, indústria e, por fim, os supermercados, tem diferentes variações de preços conforme o grau de maior ou menor concorrência – existem menos produtores, frigoríficos e indústrias do que supermercados, sendo possível aos primeiros planejarem preços mais próximos à margem de lucro desejada.

“O varejo, e, consequentemente, os supermercados, está posicionado como o elo final da cadeia de comércio das carnes, sendo o que conta com a maior concorrência. Com isso, não é viável aumentar os preços sem correr riscos de perder o consumidor para a loja vizinha. Isso evita ainda mais os aumentos de preços ao final da cadeia de abastecimento das carnes ou de qualquer outro item”, explica o economista.