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Economia

Preço do suíno vivo aumenta e criador inicia a recuperação de renda

O preço pago aos criadores na aquisição de suíno vivo subiu 30,4% nos últimos três meses.

Preço do suíno vivo aumenta e criador inicia a recuperação de renda

O preço pago aos criadores na aquisição de suíno vivo subiu 30,4% nos últimos três meses, na mais surpreendente escalada de recuperação dos preços deste ano. A Coopercentral Aurora Alimentos, empresa que detém o maior volume de abate em Santa Catarina, elevou nesta semana o preço por quilograma de suíno em pé para R$ 3,30 incluída a tipificação (adicional  por qualidade da carcaça).

            Desde 1o de maio deste ano, quando o preço estabilizou em R$ 2,30, até esta semana, a remuneração básica (sem tipificação) do suinocultor teve uma recuperação superior a 30%.

            No mês de agosto foram concedidos três reajustes, em setembro mais um e em outubro o quinto reajuste desse período. O preço-base atual (R$ 3,00) é acrescido do adicional da tipificação, índice que pode chegar até 10%, o que eleva o valor pago ao criador para R$ 3,30/kg desde segunda-feira (14).

 “Em maio chegamos a uma situação de pouco dinamismo no mercado e assim  permanecemos até agosto. Mas, agora, começamos o gradual processo de recuperação”, resumiu o  presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster.

            Há alguma tendência de consolidação do preço praticado pela indústria na aquisição de suíno vivo continuar subindo até dezembro em razão de três fatores: o aumento das exportações com a reabertura das vendas para Ucrânia e Rússia e o início das vendas para o Japão; a diminuição da oferta em razão de redução da base produtiva verificada no primeiro semestre; e a expansão do consumo interno com a produção de itens cárneos típicos do fim de ano.

A previsão para o último trimestre é de equilíbrio entre oferta de matéria-prima e processamento industrial.  Qualquer alteração desse quadro afetará o nível de remuneração dos suinocultores. Ainda assim, a recuperação de ganhos dos criadores deve prosseguir até janeiro. De fevereiro a abril de 2014 entrará em sazonal fase de baixo dinamismo comercial e nível de consumo.

        O presidente da Coopercentral Aurora lembrou que a crise do excessivo encarecimento dos insumos (saca de milho chegou a custar R$ 32,00 em 2012) inviabilizou muitos produtores, retirando do mercado muitos suinocultores e alguns frigoríficos. Em 2013 o preço baixou para R$ 23,00 e devolveu a capacidade competitiva à cadeia produtiva. Agora, a situação entra em curva ascendente, com aumento do preço do suíno em pé.