Após um ciclo de cinco semanas de alta, o índice que mede a variação dos preços recebidos pelos agricultores paulistas (IqPR) fechou o mês de julho com pequena baixa de 0,04%, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta).
Dos 19 produtos que compõem o índice, apenas 7 apresentaram alta de preços no período: amendoim (4,81%), laranja para indústria (4,52%) e café (2,29%), cana-de-açúcar (1,78%), carne bovina (1,69%), trigo (1,02%) e milho (0,32%).
A carne suína registrou recuo no preço de 2,81% enquanto a de frango recuou 4,58%. No caso dos ovos o índice registrou variação negativa de 3,81%.
No período de agosto de 2018 a julho de2019, o IqPR ficou em 15,78%, sendo que os produtos de origem vegetal subiram 17,48% enquanto os de origem animal tiveram variação um pouco menor: 11,59%. Comparando o IqPR com o Índice de Preços Pagos (IPP), também calculado pelo IEA, e que apresenta um termômetro dos custos de produção agropecuários no Estado de São Paulo, observamos uma variação positiva de 8,55% no período.
Contudo, individualmente, 11 culturas, ao terem acúmulos de preços positivos abaixo do IPP ou negativos, dão indicativos de que obtiveram retornos contraproducentes. São elas: algodão (-23,44%), laranja para mesa (-23,07%), trigo (-15,10%), soja (-6,18%), banana nanica (-4,9%), arroz (-4,18%), laranja para indústria (-4,09%), café (-3,98%), leite cru refrigerado (+0,01%), milho (+1,89%) e cana-de-açúcar (+7,78%). Acima do índice de custos, subiram nos últimos 12 meses: batata (+203,77%), tomate para mesa (98,94%), carne suína (+61,28%), feijão (40,64%), amendoim (28,11%), carne de frango (+10%), carne bovina (9,71%) e ovos (8,65%).