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Preços da carne suína exportada à China sobem 108%

CNA avalia que crescimento das exportações dessa proteína para a China é uma oportunidade para os suinocultores

Preços da carne suína exportada à China sobem 108%

Os preços de exportação da carne suína brasileira para a China cresceram mais de 100% entre janeiro e março, de acordo com relatório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), publicado na semana passada. Conforme o documento, o quilo da proteína brasileira exportada para aquele destino custava pouco mais de US$ 1,50 em janeiro. Em março, o valor já se aproximava dos US$ 3,50.

De acordo com a CNA, antes da crise da PSA na China o Brasil exportava para aquele mercado basicamente a partes congeladas de suínos de baixo valor comercial. A partir do segundo semestre de 2018, contudo, começaram a faltar cortes nobres no mercado chinês, e o país passou a suprir parte dessa demanda. Isso explica a evolução do preço da carne suína brasileira.

O relatório da entidade destaca, além disso, que o volume de exportações de carne suína para a China não seguiu a mesma tendência dos preços. Isso ocorreu devido à estratégia de abate antecipado de animais e matrizes que alguns abatedouros chineses adotaram para evitar que a doença atingisse seus plantéis.

“Com isso, o mercado chinês teve aumento de estoques de cortes menos nobres no segundo semestre e diminuiu o volume total de importação. A partir de janeiro, quando os estoques gerais de carne suína na China começaram a baixar, o volume das exportações brasileiras voltou a crescer”, aponta a CNA.

Estratégia para o suinocultor

A CNA avalia que o crescimento das exportações de carne suína para a China é uma oportunidade para os suinocultores brasileiros. Porém, a entidade alerta que esse cenário é temporário. Uma vez que a China consiga recuperar sua capacidade produtiva os volumes exportados podem voltar aos patamares históricos.

Além disso, o Brasil tem se beneficiado do conflito comercial entre a China e os Estados Unidos. Caso essa situação seja contornada pelos dois países, no entanto, a proteína brasileira voltará a ter um forte concorrente, observa o relatório da CNA.